Saiba como foi o 1º dia do April Pro Rock
As 21:30h os portões foram abertos. 22:10h: quem sobe ao palco 2 é a banda Chico Corrêa e Eletronic band, da Paraíba. Com o público ainda chegando, a banda conseguiu fazer um show até que bem legal. O som do pessoal é uma mistura de programações e voz ao vivo. Quem aproveitou pra dar uma canja no durante o show foi o músico Fred 04, da banda Mundo Livre S/A. Mas, de programações e sons ao vivo, quem entendia era o DJ Dolores e Orquestra Santa Massa que abriram os shows do palco 1, o principal.
E como o Abril pro Rock dessa noite já prometia jans, não faltaram convidados. Começando pelo DJ KSB, da banda pernambucana Faces Subúrbio, dominando os scraches, DJ Patife e Natinho, no hit Adorela. Pode-se dizer que foi o show da noite que trouxe mais novidades. Depois de Recife, a banda parte para uma turnê na Europa, com shows em incluem Portugal, Espanha, França, Holanda, Dinamarca e Inglaterra.
23:30h, aproximadamente: está na hora de Stereo Maracanã subir ao palco e mostrar a ginga carioca. O som da galera é swingado e dançante, tem tudo pra dar certo, só precisa de uma pessoa que realmente entenda de produção executiva, se não, vai cair no ostracismo como tantas outras e depois se acabar. De repente um corre-corre, Nação Zumbi no palco principal. Pra quem esperava pogar de cara, não deu. Um show mesclado com sucessos da época de Chico Science e um repertório feito com os dois últimos álbuns. Pouco se entendeu o que foi cantado pelo vocalista Jorge D´peixe, talvez problemas no microfone, o fato é que a técnica deu uma melhorada quando o percussionista Gilmar bola 8 pegou os microfones para cantar e se encarregou de empolgar a galera.
Aliás, ficou notória a maior intimidade do público com bola 8, pena que eles não reconheçam isso, e Gilmar cante apenas duas músicas. Para a estudante Elaine, 16 anos, os shows da Nação Zumbi sempre recordam Chico Science, apesar de nunca ter visto um show dele. Elaine é apenas mais uma entre as centenas de jovens que lotaram o pavilhão do Centro de Convenções essa noite para prestigiar, principalmente, os shows da N.Z e do Rappa.
Mas a festa só estava esquentando. O projeto Instituto, de São Paulo, é o tipo de banda de que se pode esperar um show diferente a cada vez. A banda do rap Sabotage, assassinado recentemente, dispensa qualquer comentário. O projeto é bem estruturado e feito por músicos de primeira. O show teve a participação de B Negão, do Planet hemp, e Roger man, do Bom Sucesso Samba Club (PE). E pra fechar a noite, exatamente às 01:20h , é hora de sacar o show do Rappa. A banda não trouxe nenhuma novidade e, pra não arriscar, preparou um repertório só com as mais badaladas. A minha alma, Homem bomba, Vapor barato foram cantadas em coro pela platéia. O Rappa repetiu a fórmula dos três últimos shows que fez aqui no Recife. O novo trabalho da banda ainda não tem data pra sair.
Em geral, no seu primeiro dia, o APR agradou, mas não convenceu. O público ficou com um gostinho de “quero mais. Tem?”. Só que não tinha. Espera-se que o domingo seja o melhor dia. A expectatica é que o festival atraia cerca de 30.000 pessoas até o dia 13.