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Groove Armada põe batuque brasileiro em seu groove inglês


Groove Armada no palco do Skolbeats


       Enquanto esperávamos a grande atração da noite, o DJ nativo Marcos Morcef fazia seu set cheio de balanço. O groove parece ser a tônica do momento. Depois de cinco minutos ali esperando, não sabíamos mais se queríamos o fim dos scratching de Morcef, mas enfim…


       Não há grandes lapsos entre uma apresentação e outra. Tão logo saiu o DJ brasileiro, a banda com 7 músicos estava preparada para afinar o coro, às 23:30 de sábado. No palco Outdoor Stage tínhamos bateria, baixo, guitarra, teclado, pecussão e… violoncelo. Epa, não era música eletrônica?!


       O Groove Armada começa com seu som ambient. O som ainda magro recebe então a gravidade do baixo. Acontece ao nível do solo alguma tansformação na platéia. Com a música encorpando, as pessoas começam a amolecer, frexionarem seus corpos. Estão todos entrando na dança.


       “I see you babe”… “I see you babe”… Com essa frase repetida duas vezes, as coisas melhoram ainda mais. Um dos hits do segundo disco “Vertigo” amarra definitivamente palco e público. Dali em diante a simbiose só encerraria depois de uma hora. Nesta canção já dava para notar a percussão acentuada, que seria uma marca desse show. Dias antes, em entrevistas a dupla dizia que os batuques seriam fortes.


       Também de “Vertigo” vem a acachapante “If Everybody Looked the Same”. Mais ritmo de Olodum, um solo de trombone de vara feito pelo Andy Cato, que, além de soprar, toca o teclado e liga os barulhinhos quando é necessário.


       Em “My Friend”, o cantor Dominic Glover avisa que a senhora dona da voz Rachel Brown não pôde vir. Ela está grávida. Ele, então, será o clone dela a emprestar seu gogó à música. Depois da apresentação, Glover disse que não estava num dia bom. Então tá…


       “Fogma” teve os vocais lançados como samplers. Fez muita gente chacoalhar o esqueleto. Como novidade, além das batidas à baiana, o MC de “Superstylin´” fez uma incursão.


       Glover ainda voltou a cantar em “Drifted”, uma daquelas canções ambient, e “Join Hands”. Fez uso do seu instrumento de sopro e defenitivamente é muito parecido com Moby, inclusive nos gestos.


       Para o final nada mais óbvio que tocar o maior hit. E foi justamente isso que foi feito. “Superstylin´” começa com os metais. Entra o MC deflagrando “Enta in de dance, Plug it in an we begin…”. Para muitos, o melhor momento do Skol Beats. No entanto, logo depois da introdução, a banda parou de executar a música para recomeçar a canção. Surpreendeu os espectadores como se fosse um coito interrompido. Novamente ouviu-se o ragga e, a partir daí, não houve mais interrupções.

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