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Abril pro Rock, sábado: Mais peso que criatividade

Na segunda noite do Abril pro Rock, não faltaram guitarras ensurdecedoras. A noite de peso, na verdade, começou à tarde, 17h, e quem chegou cedo pôde conferir os shows das bandas Nancyta e os Grazzers. Em seguida quem abre os shows do palco principal é a alemã Terrogguppe, uma apresentação hilária, diga-se de passagem. O som? Muito incidental misturados à música alemã. Ninguém pode ter entendido o que o vocalista cantava, mas todo viu a sua performance ao tirar a roupa no palco e brincar como um festin. Pra não ser mais subjetiva e, esse é um site sério, não vou nem dizer onde ele colocou o objeto em chamas.


O show da Dead fish não decepcionou o público. O grupo desabafou todo o seu hard core e teve a resposta bem positiva. Mas ainda vinha muita pancada por aí. A pernambucana Porão GB, mostrou no repertório, de hardcore melódico, as músicas do seu novo CD, Emoções Inexperientes.


21h30, há essas alturas o pavilhão do centro de convenções já acomodava o público esperado, cerca de 5.000 pessoas. É a vez da Hanagorik, de Surubim, a única atração pernambucana a tocar no palco principal na noite. Até rolou uma certa frustração, por quem esperava que os caras fossem roubar a cena de Shaman pois, experiência para essa galera é o que não falta, ano passado ficaram fora do APR por causa de uma turnê da Europa. Fizeram o dever de casa como deviam, o público bateu cabeça ao ritmo do metal e cantou em coro os seus sucessos, além de dois covers de System of Down. 


Para a banda mais aguardada da noite, faltava apenas Mukeka de Rato no palco 2. O pessoal se garantiu, pelo menos nas vendas de CD. Juntando desde os três lançamentos, já foram cerca de 20.000 cópias. De Recife os músicos tocam em Maceió, Bahia e Curitiba. A banda capixaba faz a linha “hardcore podrera”. As 23:40, Shaman fez o show que a galera gostaria mesmo de ver. É inegável a produção técnica da banda. A performance do vocalista André Mattos é muito boa, o cara é gente grande mesmo. Mas, como bons shows, até aqui, não foram o forte do festival ainda, a Shaman infelizmente não conseguiu fugir a regra.


O que se viu neste sábado foi uma enxurrada de bandas sem muita criatividade musical. CDs até bem feitos, mas uma grande tendência a sonoricamente se repetirem. Dá até pra saturar.

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