Resenha: o tributo aos deuses (do metal) do Iced Earth

Na falta de um cabeludo melhor, me pegaram pra santo e resolveram botar tudo quanto é disco de metal na minha mão. Mas tudo bem. Ainda mais quando é um álbum como esse Tribute to the Gods, metal das antigas. Mesmo que tenha sido lançado há algumas semanas.

Os americanos do Iced Earth, cansados de responder aos jornalistas quais são as principais inflências da banda, resolveram montar essa coletânea para esclarecer logo de vez. Reuniram músicas dos grandes mestres do gênero e botaram pra quebrar. Black Sabbath, Iron Maiden, AC/DC, Kiss – toda a corja.

São aquelas faixas emblemáticas que marcaram a vida de todo mundo que já bateu cabeça num show udi-grudi: Number of the Beast, Black Sabbath, Highway to Hell. Um disco cheio de uma nostalgia estranha, que veste coturnos e jeans negra desbotada.

Talvez justamente pelas versões originais serem tão marcantes que a gente logo perceba que tá faltando alguma coisa. E como o Iced Earth sofreu influencia de todas essas bandas, a sensação de “cópia genérica” fica ainda mais forte.

Esses discos de tributos nunca chegam perto dos originais. O único realmente bom que eu ouvi até hoje foi o primeiro volume do Nativity in Black. Todos os outros foram meras tentativas bem-intencionadas – e, às vezes, divertidas.

Outro porém do Tribute to the Gods é que ele tem duas músicas de algumas das bandas homenageadas. Como uma coletânea, o disco ficaria mais interessante quanto mais variado. Mesmo porque faltaram alguns “deuses” no hall do Iced Earth, cujas músicas ficariam bem legais na voz do Jon Schaffer. O Mötorhead  e o Metallica, por exemplo.

Faixas
Você já ouviu todas, e talvez valha a pena ouvir de novo. Arrisca lá. Mas te garanto que não mudou muita coisa. E, se você não conhece nada de metal, certamente esse não é o melhor ponto de partida. Apenas mais um item de colecionador.