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Resenha: O bom disco da banda gaúcha Tom Block

A banda gaúcha Tom Bloch, que lançou um cd homônimo, já é bem conhecida pelos fãs de rock alternativo brasileiro. Eles já tinham lançado um trabalho anteriormente (“Demo Deluxe”) e produzido um videoclipe (“Nossa Senhora”). “Tom Bloch”, o cd, contém treze faixas, que incluem algumas múscias do trabalho anterior e outras tantas inéditas.

Para quem ainda não conhece, este trabalho é uma bela surpresa. As canções, escritas por Pedro Veríssimo, Gustavo Mini (do Walverdes) e pelos outros integrantes têm uma qualidade bem acima da média do pop-rock brasileiro. O cd traz uma mistura perfeita de efeitos eletrônicos criativos com guitarras de primeira, cheias de distorção e ótimos riffs. Dá pra perceber que são todos excelentes instrumentistas e arranjadores. A produção caprichada e as letras inteligentes, falando de ciência e de amor imperfeito, também chamam a atenção do ouvinte.

O som da banda remete a influências diversas, que vão desde a música popular brasileira (há inclusive um ótimo cover de “Fala”, dos Secos & Molhados) ao rock alternativo (Pixies), mas sem se restringir a isto. Certas canções lembram o trip-hop de grupos como o Portishead, outras cruzam as barreiras do punk, e muitas deixam transparecer uma sonoridade influenciada pelo Radiohead. Destacam-se as faixas “Carbonos Perfeitos”, a mencionada “Nossa Senhora” e a balada de desilusão amorosa “O Amor (Zero Sobrevivente)”.

O melhor de tudo é que essa é uma daquelas bandas que soam bem tanto tocando baixinho quanto no volume máximo. Quem já os viu ao vivo sabe do que eu estou falando.

E se você ainda não viu, agarre a primeira oportunidade.

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