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Resenha: Ivan Lins faz “tributo a felicidade” em novo disco

   Tradicional e bom. Assim pode ser descrito “A quem me faz feliz”, novo trabalho do “multitalentos” Ivan Lins. O CD é a junção de sucessos imortais de compositores da estirpe de mestre Jobim, Marinho da Vila e Charles Aznavour, com arranjos peculiarmente constituídos pelo artista.


   A faixa inicial, “Lua do Arpoador”, inspirada num poema de Ronaldo Monteiro de Souza, revela numa primeira audição o que o ouvinte escutará pelos próximos sessenta e poucos minutos. A segunda, “Love Dance”, foi a primeira canção gravada pelo mestre nos Estados Unidos, onde ele goza de uníssono respeito artístico. Conta com a participação de Jane Monheit e mostra um grande arranjo de piano.


   A seguir “Insensatez” (de Jobim e Vinícius) e “Love” (de Lenlon) são, juntamente com “Ex Amor” (de Martinho da Vila), as faixas mais cansativas do disco, embora tradicionais e não inaudíveis. Há ainda as  que podem ser encaixadas na categoria “lugar comum interessantes”, ou seja músicas que embora não apresentem a genialidade de “Vieste”, clássico do compositor, são gostosas de ouvir. Entre elas estão “Everything you are”, “A quem me faz feliz” (música de trabalho e homônima ao CD), e a versão “Ivaniana” de “She”, mundialmente conhecida na voz de Charles Aznavour (e tema do filme “Um lugar chamado Notting Hill”).


   “Ti amo”, “Visionários” e “Fogueiras” são as grandes, tem letras interessantes, bons arranjos e cumprem a proposta do CD, ou seja, fazem alusão ao romantismo em toda sua essência. Em linhas gerais, “A quem me faz feliz” é um bom disco, sem grandes inovações e que tem por objetivo homenagear àqueles que estão tão apaixonados quanto o próprio Ivan Lins.

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