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Phrenology confirma potência sonora doThe Roots

Pegue uma banda de rap orgânico, fundamentado na execução livre das composições, sem programações e samples em excesso. Junte a isso elementos de música soul, jazz, eletrônico e rock. O resultado será o The Roots, que acaba de lançar Phrenology, seu quinto álbum de estúdio.

Phrenology combina o legítimo rap norte-americano com porções pequenas (mas significativas) de rock, jazz, bossa nova, industrial, post-rock e drum n bass. Longe de resultar numa salada disforme, sem personalidade, a combinação de estilos, aliada ao talento dos integrantes do The Roots, fez de Phrenology sério candidato ao posto de um dos melhores discos do ano.

Munição para isso o álbum tem, e de sobra. Se o prólogo “Phrentrow”, carece de energia, a faixa seguinte, “Rock You”, é potência e agressividade na medida certa. A música cresce com o tempo, fundindo-se, sem intervalo, ao hardcore veloz e furioso de “!!!!!!!”. A faixa seguinte, “Sacrifice” ameniza o nervosismo inicial e introduz o flerte com ritmos brasileiros. “Waok (AY) Rollcall” com atmosfera espacial e “Something In The Way Of Things (In Town)”, com levada drum n bass recheada de ecos e timbres viajantes, lembram o post-rock do cultuado Tortoise.

A sexta faixa, “Thought @ work”, é dançante, cheia de groove e com refrão marcante. Metais incidentais passeiam ao longo da composição. “Water”, com 10 minutos de duração, começa repleta de balanço e depois se transforma em um petardo industrial, impregnado de ruídos opressivos. Já “The Seed (2.0)”, sem dúvida a melhor faixa do disco, tem um riff de guitarra fabuloso e uma bateria pulsante, com belo timbre de caixa. Se a grana estiver curta para comprar “Phrenology”, vale a pena dar uma passada na loja só para ouvir essa música. O difícil vai ser sair de lá com as mãos vazias.

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