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Conheça “10 de dezembro”, o disco póstumo de Cássia Eller

Quase um ano depois da morte de Cássia Eller, chegou às lojas na semana passada, batizado com a data de seu aniversário, o aguardado disco póstumo da cantora. “10 de dezembro” é resultado de um trabalho de quase um ano de pesquisa e gravações, coordenados por Nando Reis, e traz registros de Cássia para algumas músicas inéditas em disco e canções representantivas de alguns de seus compositores prediletos, como a dupla Lennon/McCartney, Zé Ramalho e Cazuza, a quem ela dedicou um álbum inteiro em vida.


“10 de dezembro” não deve chegar nem perto do sucesso do “Acústico MTV”, último disco de Cássia, mas têm acolhida garantida (e por méritos próprios, diga-se de passagem) entre os inúmeros fãs da cantora, que poderão inclusive se deleitar com fotos de várias fases da vida dela incluídas no encarte. Teoricamente um “CD de sobras”, “10 de dezembro” consegue ser um bom álbum, graças às famosas grandes interpretações de Cássia e ao trabalho de produção e pesquisa de Nando Reis. Conheça abaixo as onze músicas do disco, comentadas pelo coordenador-executivo do álbum, Ronaldo Villas:


Get Back (John Lennon/Paul McCartney) – “Essa música foi um presente inesperado. Proveniente do arquivo da Universal, descobrimos a faixa quando estávamos escutando outra música. Um canal que não tinha instrumento marcado, oscilou: quando abrimos esse canal, apareceram voz e violão. Outra curiosidade sobre essa faixa é o encontro de Cássia com a amiga Zélia Duncan, contemporâneas de Brasília nos anos 80. Apesar disso, nunca haviam gravado juntas. Provavelmente esse registro foi feito num intervalo de gravação do segundo disco de Cássia, de 1992″;


No Recreio (Nando Reis) – “Sabíamos da existência dessa música, pois ela era a única que não tinha entrado no CD “Com você… meu mundo ficaria completo”. Estava garantida no disco de inéditas que ela gravaria e virou música de trabalho”;


All Star (Nando Reis) – “Essa gravação dispensa comentários. Traduz toda a idéia do projeto, além de ser a maior homenagem que Cássia recebeu de Nando Reis. Esse registro foi feito no show do projeto Luz do Solo, no início de 2001″;


Eu sou neguinha (Caetano Veloso) – “Apesar de não ser inédita, a releitura dessa canção ficou especial: Caetano era um artista importantíssimo para Cássia. A curiosidade fica por conta de Cássia cantar e tocar baixo na faixa. “Eu sou neguinha” conta ainda com a participação de Xis, a quem já tinha encomendado uma música para o próximo disco. O registro de Cássia foi feito em um show de 1995″;


Nada vai mudar isso (Paulinho Moska) – “Foi gravada em 96 com uma banda formada por amigos e pelos músicos da banda de Cássia. A faixa tem a participação de Fabão, amigo e cantor que Cássia admirava e que participou de discos e shows ao lado dela, inclusive o do Rock in Rio”;


Fiz o que pude (Nando Reis) – “Inédita de um show de 95. Conta ainda com a participação de Gilberto Gil”;


Julia (John Lennon/Paul McCartney) – “Extraída de um show de voz e violão de Cássia, gravado em 91. Essa é, provavelmente, uma das músicas dos Beatles preferidas de Cássia”;


Nenhum Roberto (Nando Reis) – “Gravada em um show de 95, a gravação de agora conta com a participação de amigos que sempre estiveram próximos, contribuindo para sua carreira, como Frejat, Bi Ribeiro, Barone e Maurício Barros”;


Little Wing (Jimi Hendrix) – “Voz e violão provenientes de 92, a faixa mostra a influência de Jimi Hendrix na carreira de Cássia. Foi nessa época que ela gravou “If six was nine” e “Hear my train comming”";


Vila do Sossego (Zé Ramalho) – “A gravação de voz e violão foi feita no início de 2001. Até hoje não sabemos porque ficou de fora do repertório do disco acústico”;


Só se for a dois (Rogério Meanda/Cazuza) – “Gravada em 96 para o disco Veneno Antimonotonia. Cazuza foi importantíssimo na carreira de Cássia, era intenso como ela. Tiramos três músicas do repertório desse disco”;

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