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CD do Verbase aposta na simplicidade e em boas canções

A banda mineira Verbase, na hora de bolar a capa de seu primeiro CD, escolheu uma boa foto dos seus três integrantes, com todo mundo olhando no olho do público. Simplicidade, enfim. Tão desarmado quanto o trabalho gráfico é o conteúdo do disco, recheado de canções simples, com letras girando em torno de encontros e desencontros, pop songs desencanadas e excelentes. São dez canções intimamente ligadas ao rock nacional dos anos 80, ao brit-pop e até à desencanação da surf-music oitentista. Um bom exemplo disso é a veia pop de músicas como “Se quiser saber” e “Quando o amor se vai”, que abrem o disco e mostram o carisma do trio. Dá pena só a gravação (bem produzida, por sinal) não ter mais peso – mal que assola dez entre dez produções independentes do país.


As dez músicas são compostas pelo guitarrista/frontman Anderson Badaró, que, conscientemente ou não, aproximou ainda mais o som da banda do rock brazuca oitentista – seu registro vocal lembra muito o do Lobão da época de Cena de Cinema, e algumas melodias têm o mesmo estilo folk urbano da Legião Urbana (como em “Outro tempo”). Cruzando influências de bandas como Smiths, Superchunk, Weezer e até mostrando um lado meio Jovem Guarda em algumas faixas, o Verbase capricha em músicas cheias de boas guitarras, como “Doce ilusão” e a suingada “Nunca acontece fácil” – talvez a melhor do disco e um provável hit para o grupo. O grupo ainda recebe um Oasis rápido em “Deixa ser (Pode estar confuso)”, comete outro futuro hit em “Despedida” e ainda esbanja energia punk-new wave na romântica às avessas “Tudo o que eu quero é não estar com você”. Muito boa banda. Conheça os caras em www.verbase.hpg.com.br (e-mail verbase@zipmail.com.br e telefone 32 3531-3242). Vale a pena.

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