O show de lançamento do novo álbum do Lordose

O Lordose fez no “Brahma Rock”, na última sexta-feira (07/12), o lançamento oficial do seu 2º CD, “Todo mundo está feliz aqui na Terra”. Antes da banda comandada por Serjão Nascimento e Adolfo Oleari pisar num dos palcos da Megazoom, onde aconteceu o evento, se apresentou o grupo Bacana e o Universo Reciclado, do ex-vocalista do Pé do Lixo, que colocou os presentes para pular ao som de muito rock n roll.

Encerrada a apresentação de Bacana, subiu ao palco, por volta das 0:50 horas, o Lordose. Depois de uma parte instrumental, os vocalistas Serjão e Adolfo entram pulando muito, para abrir o show com “Flautim & Tuba”, sexta-faixa do novo disco. Emendaram com “Pathos: Patética Apatia” e “Lara”, que contou com a participação de Chocolate, vocal do Java Roots. Em seguida, o trompetista Zen Renato assumiu os vocais para cantar uma música do 1º disco, seguida de um medley com músicas de Zé Ramalho, num dos melhores momentos do show, muito aplaudido pelo público, por sinal. Nesse momento, Adolfo perguntou se estava todo mundo feliz, antes da banda atacar com “Somos nada que interessa”.

A apresentação prosseguiu então com mais duas músicas do 2º CD (com direito a “covers incidentais” de “Pode vir quente que eu estou fervendo” e “Sossego”, de Tim Maia); músicas do 1º disco, como “Ananias”; e até mesmo músicas “das antigas”, que não estão em nenhum dos dois CDs da banda, como “Filme de Ação”. A essa altura do campeonato, infelizmente, o público já era menor. Os que permaneceram curtindo o show da banda capixaba trataram de puxar as bexigas vermelhas que compunham o cenário. Serjão diz então, bem humorado: “Vocês destruíram o cenário, mas tudo bem. Olha só quem vem aí”. E entra o quarteto Tamy, Dani Moraes, Tati e Matê (as duas últimas do Crivo), para fazerem os backing vocals em “Gugu”. Antes disso, porém, as meninas cantaram uma espécie de sambinha japonês (!?), que nem Serjão soube explicar o que era.

Minutos antes da banda apresentar “Jullyetesche”, o maior hit de sua carreira, a covardia: começou a tocar, no palco externo da MegaZoom, a atração nacional Charlie Brown Jr. Muita gente não pensou duas vezes e saiu correndo para ver Chorão & Cia. O Lordose, entretanto, não perdeu o pique. Serjão disse, antes de tocar “Sábado a noite”: “essa é prá vocês que ficaram aqui. Vamos mostrar que vocês cantam mais alto que eles”. Depois a banda tocou o já hit “Um indivíduo”, com direito, nesse momento, a performance do palhaço Caramelo, o mesmo que ilustra o encarte do novo disco. Finalizada a música, o baterista Eric Carvalho chegou a jogar as baquetas para a galera, mas Adolfo pediu de volta para a banda tocar a música que faltava, a excelente “Todo mundo está feliz aqui na Terra”, que fechou com chave de ouro a apresentação. Pena poucos souberam/puderam apreciar.

Fomos então conferir o show do Charlie Brown Jr. A maior parte do público que estava no “Brahma Rock”, de fato, queria mesmo era ver Chorão, Champignon e seus comparsas em ação. O público esteve na mão da banda, que levava a galera ao delírio a cada música apresentada. A vibração foi maior em canções dos três primeiros discos, como “O coro vai comer”, “Tudo que ela gosta”, “Te levar” e “Não é sério”, dentre outras. As músicas do novo disco da banda, como “Eu protesto”, “Hoje eu acordei feliz” e “Lugar ao Sol” também foram bem recebidas pelo público. Um capítulo a parte do show foi o vocalista Chorão, que estava “com a macaca”: o cara disse gostar muito de tocar em Vitória (e agradeceu a presença do público), falou mal dos políticos, mostrou a barriga bem definida (em formato de bola!) e até deu conselhos para as meninas, um deles impublicável. A apresentação da banda santista, que também tocou covers de Nirvana (“Come As You Are”) e Legião Urbana, durou pouco mais de 1h30min.

A apresentação do Manimal, que foi divulgada como atração do evento, acabou não acontecendo devido a problemas com a organização do evento. O jeito foi, então, dar a um DJ a tarefa de encerrar a noite, com as tradicionais músicas bate-estaca das pistas de dança.”