Entrevista com Daniela Moraes
Violonista, baixista, compositora, “candidata a baterista” e cantora. Mencionada na revista século XXI como “A profissional”, Daniela Moraes poderia ser descrita de inúmeras maneiras, dentre as quais uma das mais cabíveis talvez seja “A Competente”. Em primeiro lugar pela habilidade no manejo com todos os instrumentos já mencionados. Em segundo, pela dedicação à música e pelo trabalho para se tornar uma artista completa. O MúsicaCapixaba.com bateu um papo ela sobre música, arte, trabalho e outras coisas mais:
MúsicaCapixaba.com: Além de cantora, você também é instrumentista. Foi escolha pessoal ou exigência do que você vinha realizando?
Dani: Escolha pessoal. Eu gostava de cantar. Comecei inclusive como profissional aos 9 anos. Aí vieram o violão, a guitarra e o baixo, que aconteceu aos 19 anos.
Você hoje toca no Universo Reciclado, no Quarto Crescente e leva a carreira solo. Por que trabalhar com vários estilos?
Dani: Eu desenvolvo coisas diferentes em cada projeto desses. No Quarto Crescente, canto covers, no Universo Reciclado desenvolvo meu lado instrumentista num trabalho que eu adoro, e na carreira solo eu mostro minhas próprias composições ou trabalhos de outros artistas na minha voz.
Você trabalha com diversos estilos, porém evita alguns, como Rap, Música Bahiana, Funk. Por que?
Dani: Gosto de escutar muitas coisas, porém, não de cantar todas… danço música baiana, canto um sambinha de vez enquando, porém acho que existem estilos que ficam mais legais, que tem mais a ver comigo.
Gosta de performance teatral no palco? Pensa em fazer algo no estilo?
Dani: Muito! Já fiz coisas nesse estilo na época do Mis En Scene (grupo musical no qual cantava com outras grandes vozes capixabas) e gostaria de voltar a fazer.
Tudo que está em evidência na cena musical capixaba é bom?
Dani: A maioria
Qual é a importância de grandes festivais locais de cultura?
Dani: Principalmente de exaltar o talento capixaba, para público e imprensa local e nacional.
E os grandes concursos como o Festival de Alegre?
Dani: Eles meio que perderam o sentido de divulgação do artista local. O público só vai para prestigiar as bandas já consagradas… o aspecto financeiro é legal, mas esses concursos poderiam significar muito mais.
Trabalho bom ou trabalho indiscutivelmente popular?
Dani: Trabalho bom, embora eu ache que quando é bom, agrada a todo mundo.
E seus projetos futuros….
Dani: Até o fim do ano rola o CD que tem 90% de composições minhas. Isso vai me possibilitar levar meu show individual inclusive a outros estados…
Mas você já tocou inclusive fora do país… Conta como rolou…
Dani: Eu fui contratado por um artista brasileiro que mora nos Caribe. Toquei com a banda dele em Cassinos e hotéis. Foi muito legal e rendeu inclusive algumas composições…
Gostaria que seu público soubesse que:
Dani: Que eu faço música porque eu amo, acima de tudo. Eu almejo o sucesso, como um reconhecimento ao que venho desenvolvendo, mas acima de tudo amo música e amo fazê-la.
Além da voz privilegiada, algo bem positivo em Daniela é a humildade. No decorrer da entrevista, declarou que gostaria de ter uma oportunidade como a que foi dada aos participantes do programa global FAMA, muito mais pelo aprendizado técnico do que pela exposição em si. A postura dela cativa tanto quanto o talento, justamente por ser incomum em alguém com tamanha bagagem artística. O grupo “Miss en Scene” fez diversas apresentações em nível nacional e agregou a Daniela a experiência com performances.
Longe de casa, não apenas os caribenhos, mas americanos (de diversos estados) e Antilhanos puderam apreciar o talento da capixaba, que após longa jornada pelo aprimoramento musical, mostra sua nova fase em CD quase que totalmente composto por ela mesma. A repórter pretende conferir este e demais projetos dessa menina que, como todo grande artista, desenvolve o dom e faz valer toda a delícia de ser o que é.