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Analisando a cena musical capixaba

Quando resolvemos desenvolver o Central da Música Capixaba, entrei em contato com algumas pessoas que vivenciam a “cena” há mais tempo, afim de ter uma base melhor para escrever o simples texto que há na seção “Cena” daqui do site. Encaminhei então, por email, nove perguntas a três pessoas que participam ativamente do movimento musical no ES: Cid Travaglia, o Cidinho, que é batera do Pé do Lixo e dirige a Lona Records; o José Roberto Neves, que escreve a grande maioria das matérias sobre música no Caderno 2 do jornal A Gazeta; e o Adolfo Oleari, que também é jornalista e integra o Lordose prá Leão.


A idéia inicial era utilizar as declarações deles apenas no texto citado acima. Mas os caras foram tão atenciosos – e mandaram tão bem nas respostas! – que achei que seria um verdadeiro pecado descartar a grande maioria dessas respostas. Resolvi então disponibilizar todas elas logo abaixo, em forma de entrevista, na qual os três falam sobre as origens da atual cena, os fatores que levaram ao crescimento da mesma, a aceitação do reggae, as bandas revelação e muito mais. Se você não tem paciência para longos textos, sugiro ir navegar por outras seções. Caso contrário, ajeite-se aí na cadeira, respire fundo e comece a ler agora! :o)


A partir de quando passou a existir e a crescer cada vez mais significativamente essa cena musical forte que verifica-se hoje no ES?
Cidinho: Em 1995, com o aparecimento de bandas com estilo próprio e um discurso de uma música capixaba forte e original, essa é a raiz dessa virada. Esse desenvolvimento foi muito suado e muitas portas que sempre estiveram fechadas para os músicos locais foram derrubadas pela força da atitude das pessoas que acreditavam nesse crescimento e militavam dentro de algumas rádios, sites, bandas, produções culturais.


J. R. Neves: Eu situaria este crescimento a partir de 1995, ano que coincide com a formação do Manimal, do Pé do Lixo e de toda a cena hardcore e regueira que se instalou com força na música capixaba. Até o início dos anos 90, os grupos locais, em geral, cantavam em inglês, visando o mercado externo. Era o caso do The Rain, Porrada, Tribal e até do Dead Fish, que mais tarde viria a mudar suas letras para o português. Existia uma tendência grande de se acompanhar o que era produzido nos EUA. Com o primeiro disco de Chico Science & Nação Zumbi, as bandas locais viram que era possível juntar regionalismo com rock sem perder o peso. Incorporaram a percussão e os tambores de congo como elementos fundamentais e mergulharam fundo na busca de uma possível “identidade” capixaba.


Adolfo: Várias foram as “cenas” que hoje podemos verificar no frágil mercado musical capixaba. Nas décadas de 50 e 60, por exemplo, as orquestras de baile dominavam tudo. Alguns nomes, se o que me resta de memória ajudar: Hélio Mendes, Maurício de Oliveira, Maestro H.O., entre outros chefes de orquestra. Nos 70, com a avalanche da contracultura, tivemos grandes “malucos” por rock n roll: Flávio Espírito Santo, Mamíferos, Paulo Branco, Aprígio Lyrio. Nos 80, Pó de Anjo, Combatentes da Cidade, Porão 22, Condomínio Fechado, Thor, grandes eventos como Verão Praia Show, para 40 mil pessoas, promessas de inserção no mercado nacional, etc. Nos 90, como se sabe, proliferação de bandas de pop rock (termo que inclui o reggae, o hip hop, etc), rádios abrindo espaço, pequenas casas de show, eventos públicos, festas, estúdios de gravação começando um trabalho, etc. Assim, entramos o século XXI com pelo menos 50 anos de história do mercado musical capixaba. Este é um levantamento meio que de “orelhada”, nada científico ou exato. É o que me permite a parca memória e a falta de tempo para o rigor de consultas mais confiáveis.


Que fatores podem ter influenciado isso? (o crescimento da cena capixaba) Rádios tocando as músicas, mais estúdios, Dia D, mudança de mentalidade do público?
Cidinho: Primeiro de tudo veio a atitude de querer construir isso e disposição para fazer acontecer. Essa energia cresceu e contagiou vários adeptos, que continuaram a construir esse patrimônio para o Espirito Santo, que é uma cena verdadeira e com uma auto-estima muito forte. O aparecimento de selos independentes e seus lançamentos movimentaram muito a parte de produção, divulgação e distribuição, as leis de incentivo à cultura também ajudaram, as rádios que vestiram a camisa das bandas locais, principalmente quando quase nenhuma acreditava, merecem muito crédito, e hoje temos o orgulho de ter mais de 6 rádios na cidade tocando as bandas locais. O DIA D com certeza consolidou a força desse movimento, sendo a prova concreta que temos um mercado forte. O aparecimento de melhores estúdios e pessoas capacitadas para produzir discos, shows, vender bandas, equipe técnica competente são outros fatores… são muitos. Isso já reflete no público e nas bandas mais novas, que estão conseguindo aparecer mais rápido e ralar muito menos para tocar em várias rádios, shows, ter a galera valorizando, prestando atenção.


J. R. Neves: A ênfase no ritmo e nas letras agradou ao público, que, ao contrário do conceito de tribo dos anos 80, passou a se pulverizar cada vez mais. Hoje, é perfeitamente normal encontrar um jovem com a camiseta do Metallica no forró de Itaúnas. Há 15 anos, o público capixaba ia a um show no Teatro Carmélia de Souza assistir às “bandas de fora, do Rio, SP ou BH”; hoje, para um show ter público, é necessário que tenha atrações locais. É claro que as rádios, ao perceberem esta evolução, ampliaram o espaço para a música local, assim como os estúdios, que caminham cada vez mais para a profissionalização. Tudo isso culminou no Dia D, um festival cujo sucesso de público seria inimaginável nos anos 80.


Adolfo: Creio ter falado a esse respeito na resposta acima


E vem cá, tú faz idéia de quantas bandas existem na Grande Vitória?
Cidinho: Eu diria mais de 500 bandas, mas nem todos estão com a cara na rua.


J. R. Neves: Olha… tranqüilamente, cerca de 200. Em cada esquina de Vitória tem uma banda. Se juntarmos o interior, talvez tenhamos 500 bandas em atividade.


Adolfo: Acho que umas 120. Quase tudo projeto, gestação. Banda mesmo, umas 30.


Algumas bandas reclamam que faltam bons espaços para shows, principalmente prá galera mais underground. Você concorda? Nesse aspecto, vem ocorrendo melhoras em relação aos anos anteriores?
Cidinho: Concordo, deveriamos ter mais espaços com estrutura para atender eventos de pequeno, médio e grande porte, principalmente as bandas que estão começando. Mas a galera é guerreira e sempre cava uns lugares para fazer barulho. Não acho que estamos evoluindo muito nesse quesito. Precisamos de mais espaços.


J. R. Neves: É engraçado… à medida em que as bandas ampliam a sua vocação pop, os clubes e discotecas abrem mais espaço para a música capixaba. Em contrapartida, as bandas que atuam no segmento underground – heavy metal, hardcore e afins – enfrentam dificuldades de veicular os seus trabalhos. Mais uma vez voltamos para a mudança de perfil do público: os headbangers, maioria em outras épocas, hoje se limitam a um campo restrito. Enquanto isso, a juventude que antes consumia discos do Titãs, Barão Vermelho e Paralamas, hoje, compra discos do Casaca e do Manimal.


Adolfo: Acho que falta espaço mesmo, mas talvez esteja havendo melhora. Não há, de fato, casas de pop rock, bares bem montados, com tratamento acústico e programação segmentada. Sobretudo em bairros com perfil socioeconômico mais elevado, é difícil encontrar espaço para este tipo de música. Em Vitória, ou na Região Metropolitana, as opções são muito poucas, não há empresários da noite ou do showbizz trabalhando bem este mercado de entretenimento lincado com atrações musicais. O negócio é se virar e encontrar espaços abertos como a UFES, a Casa da Cultura, bares da Barra do Jucu, etc.





Apesar de existirem por aqui boas bandas de vários estilos, o que está mais em evidência, comercialmente, é o reggae. Você se arriscaria a dizer porque?
Cidinho: O reggae tem tudo a ver com o clima e estilo do capixaba, é um som ótimo para dançar e passa o astral da praia, natureza, amor e principalmente de energia positiva. O reggae vem sendo plantado nas rádios locais por pessoas que tem um conhecimento do assunto há mais de uma década, e agora culminou que o reggae está grande em várias partes do Brasil. Mas também acho que o hardcore é forte, e outros estilos também.


J. R. Neves: É simples: o reggae tem muito menos rejeição do que o heavy metal, por exemplo. Outro fator é que o ES, por sua geografia litorânea, aproxima-se bastante do clima da Jamaica e dos temas propostos pelo reggae, que são o romantismo, a paquera, a natureza e a busca de paz de espírito. Sem falar que as garotas adoram o suingue do reggae, pois é um ritmo ótimo para dançar. Mas acho uma bobagem ver vários grupos de reggae citando preceitos da religião rastafari sem conhecê-lo a fundo. Já ficou provado que Hailé Selassié, o ex-imperador da Etiópia que acreditava-se ser a reencarnação de Jah, deixou o seu país na miséria enquanto o governou. Nenhum fã de reggae, hoje, fuma maconha como forma de “elevação espiritual”, mas, sim, para ficar doidão. E as garotas, que amam o reggae, certamente odiariam saber que os rastafaris pregavam a poligamia, mas apenas para os homens.


Adolfo: Talvez porque o reggae, sendo menos agressivo, caiba melhor em um número maior de ouvidos; talvez porque o ritmo inspire um tipo de dança envolvente, talvez porque seja associado a um campo da religiosidade, da maconha, da auto-estima de um povo latino, sei lá.


Sempre que a cena musical de algum estado começa a ficar bem movimentada, como a daqui, logo os envolvidos começam a se indagar sobre qual será a primeira banda do estado a estourar nacionalmente. Algumas bandas, como Dead Fish, Mukeka di Rato, Salvação e Pé do Lixo, tem uma boa projeção no circuito underground brasileiro. Mas até agora nenhum grupo teve boa projeção no mainstream. Que grupos você acha que tem potencial para isso? E o que é que falta para alguma banda do ES “acontecer” fora do estado?
Cidinho: Cada banda que conquista espaço em seu segmento está abrindo portas para as outras bandas, mesmo sendo de outro estilo. E o que está rolando é que muitas bandas já tem um público forte espalhado Brasil afora, mas o Brasil ainda não deu conta que essa Muqueca Sonora Capixaba tem tantos ingredientes de qualidade, e essa moqueca já está fervendo faz um bom tempo, quando a tampa explodir vai voar pedaço para tudo quanto é lado. Acho que a bola da vez é a Casaca, que está com uma fórmula sonora de raiz e pop ao mesmo tempo.


J. R. Neves: Sinceramente, o grupo com maior potencial comercial do ES, atualmente, é o Casaca. A mistura de reggae e congo, a simpatia dos seus integrantes e a simplicidade de suas letras, estão provocando um fenômeno inédito na música capixaba. Jamais um grupo local arrastou 7 mil pessoas para o show de lançamento de seu primeiro CD como o Casaca. Além deles, vejo que o Zé Maria traz uma proposta nova e que vem agradando a imprensa paulista. Ao meu ver, o Manimal é a banda mais amadurecida, em termos profissionais, para encarar a competitividade do eixo Rio-SP. Torço muito para o Pé do Lixo, mas sinto que o momento de ápice da banda já passou e eles precisam se “reciclar” para voltar à cena. Foi o que aconteceu com o Lordose Pra Leão, uma ótima banda que perdeu o bonde da história. No segmento underground, admiro bastante o Dead Fish e o Mukeka Di Rato. São grupos que tratam a música como instrumento de transformação social e que se mantém fiéis à suas ideologias. Quanto ao reggae, acho que as bandas locais ainda não encontraram uma sonoridade inovadora. É isto que falta às bandas locais: originalidade e ineditismo. As gravadoras não querem clones do Cidade Negra, Planet Hemp e Charlie Brown Jr, mas grupos que tenham algo de diferente a oferecer ao mercado.


Adolfo: Você citou quatro bons grupos, acho que teríamos ainda uns 10. O que falta, a meu ver, é dinheiro, coisa de R$ 1 milhão para implantar um produto deste no mercado nacional, com produção, divulgação e distribuição agressivos.



Aliás, quais seriam os pontos negativos e os positivos para a nossa cena, caso um grupo capixaba venha a “estourar nacionalmente”?
Cidinho: Eu prefiro pensar que várias vão estourar, é só questão de tempo. Os pontos positivos são fortalecer a questão cultural no estado, gerar empregos, fortalecer o turismo e a imagem do estado, aumentando a auto estima do povo e causando um impacto comunitário com a cultura local ganhando mais incentivo. Os pontos negativos aparecerão se não soubermos administrar esse crescimento e deixarmos essa história ser distorcida.


J. R. Neves: O ponto positivo é que isto abriria mercado para o ES. Se uma grande gravadora contratar um grupo capixaba, ela certamente irá atrair uma concorrente a descobrir outros talentos locais. Esta é a regra do mercado. Sobre os pontos negativos, só vejo um: estes grupos serem encapsulados dentro de um “movimento” X ou Y, como se eles fossem todos iguais. O grande charme das bandas capixabas é que nenhuma se parece com a outra. A diversidade sempre foi e será uma marca da cultura capixaba. E tem mais: temos que parar com esse rótulo de “banda capixaba”. As bandas do ES pertencem à MPB, ao Brasil. Não podemos ficar em um círculo fechado. Quem partir para o intercâmbio e pensar alto vai se dar bem.


Adolfo: Eu é que te pergunto. Haveria pontos negativos? Não consigo ver. De positivo, costuma haver um direcionamento dos olhares mercadológicos para artistas naturais da região que está oferecendo a nova sensação. Sei lá meu, dizem que nunca sai uma banda só, quando acontece de um lugar ser descoberto. No duro, não há fórmula, ninguém sabe bem o que fazer, não estamos nos EUA, as gravadoras são muito perdidas no meio de tanta banda, tanto artista, tanta diferença cultural, num país realmente muito diverso.


Poderia apontar quais foram, na sua opinião, as principais revelações da cena capixaba nos últimos três anos? Há algum bom artista/grupo que ainda não recebeu a atenção merecida por parte do público e da mídia capixaba?
Cidinho: Casaca, Zé Maria, Nave, Macucos, Herança Negra são algumas revelações. muitas bandas merecem mais atenção, como Undertow, Big Bat Blues Band, Marcela Lobo, Raolino Pé de Rodo, etc..


J. R. Neves: As bandas Casaca e Zé Maria, para mim, são as maiores revelações dos últimos três anos. João Moraes e a Patuléia, de Cachoeiro, tem um aspecto boêmio que pode funcionar bem no Rio. Acho que a recente presença feminina também é um trunfo das bandas capixabas. A banda Lucy, por exemplo, conta com o ótimo vocal da Manuela, que é um diferencial em nível nacional. A Tamy é uma cantora que irá crescer muito, e, falando de uma “veterana”, ainda não entendi porque Marcela Lobo, com seu vozeirão e dramaticidade no palco, ainda não decolou.


Adolfo: As revelações independem da minha opinião e gosto, por isso, creio que viríamos a concordar com uma lista básica, certamente já do conhecimento de vocês. Basta ver nas rádios o que tem vingado de música local. Essa história de não ter recebido a atenção merecida, não sei, sempre tem gente muito boa surgindo, sempre tem um projeto com muito potencial, mas ainda desconhecido. Ser artista é, também, ser capaz de se colocar para o público, comunicar-se com ele. Geralmente você tem a atenção que conseguiu provocar nas pessoas. A responsabilidade é sua.



Você acha que ainda há espaço para a cena crescer mais? O apoio do governo, prefeituras e da mídia local tem sido satisfatório? Poderia ser melhor?
Cidinho: Ainda estamos engantinhando, temos muito o que crescer.Isso é lindo… Basta darmos sequência ao trabalho que vem sendo feito com qualidade, que atingir o Brasil e o mundo será consequência. As rádios estão de parabéns, grande trabalho, os jornais estão mais presentes também. As T.Vs estão chegando um pouco tarde nesse movimento e podem contribuir mais. A Prefeitura de Vitória faz o melhor trabalho, mas ainda pode melhorar muito, e as outras prefeituras deveriam abrir mais os olhos para isso também. A música daqui vai trazer muitos frutos, e tem condição até de melhorar a imagem apagada que o Espirito Santo tem no Brasil. O Governo do Estado tem algumas pessoas com boas intenções, mas que tem tem as mãos atadas. Com incentivo tudo acontecerá mais rápido. Os produtores de eventos nas cidades do litoral e do interior também são responsáveis por espalhar essa música. A ficha ainda não caiu no interior.


J. R. Neves: A cena tem muito a crescer. Nós estamos apenas engatinhando. Ainda falta uma visão mais profissional das bandas no sentido de investir em pré-produção e na gravação de discos mais caprichados e lineares. É claro que falta grana, mas, aos poucos, os empresários irão se sensibilizar de que a coisa é séria e merece investimento. O próprio disco do Casaca, em termos de produção, é bastante precário, mas serve como cartão-de-visitas para uma gravadora poderosa. O Casaca é um exemplo real do “faça você mesmo”, ou seja, gravou o seu disco sem nenhum apoio oficial, e, mesmo assim, está fazendo por onde, viabilizando o trabalho. Não adianta esperar recursos do Estado, porque o Governo, à exceção da Lei Rubem Braga, da PMV, está falido. Nosso buraco é mais embaixo. As bandas ainda estão cobrando do Governo cachês de shows que aconteceram há quase um ano! Quanto à mídia, de uma maneira geral, ela está cobrindo esta evolução. Mas ainda falta a nós, jornalistas, e também às bandas, maturidade para lidar com as críticas. O corporativismo leva à falsa idéia de que todas as bandas capixabas são perfeitas e o único errado dessa história é o resto do Brasil, que ainda não nos descobriu.


Adolfo: O interior do ES está ainda meio virgem de banda da região metropolitana, concorda? Vejo aí um espaço no território capixaba. Apoio público, sabe como é, sempre há os apadrinhamentos, os amigos, as inconstâncias e tudo que advém do processo político. Às vezes é bom, às vezes péssimo, às vezes nulo, tudo depende de quem está sentado à mesa. Em relação às rádios, acho que estamos bem. São vários os programas exclusivos de pop rock local e, em geral, Cidade, Transamérica, Vila e Universitária, trabalham os capixabas em suas programações. Os jornais e colunas dão um apoio importante, deixando a desejar, de todo modo, num quesito fundamental que é cobertura e a crítica. Se poderia ser melhor? Recorro ao maestro Modesto Flávio, diretor do segundo CD do Lordose, que costuma dizer, repetindo um outro maestro, seu professor, o canônico Eleazar de Carvalho: “Nada está tão bom que não possa ser melhorado”.

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