Sana Inside » 'Zeca Pagodinho e Gabriel O Pensador na 3ª noite do FAMA'

Zeca Pagodinho e Gabriel O Pensador na 3ª noite do FAMA

Nem a ausência de Ivete Sangalo, que de última hora foi internada com suspeita de dengue e teve que cancelar todos os shows que tinha no fim de semana, tirou o brilho da 3ª noite do FAMA.


Logo após a 2ª eliminatória da mostra competitiva que marca o evento, abriu a festa, às 23 horas, o quinteto pop Rouge. A parte mais próxima do palco estava repleta de crianças, pré-adolescentes e mocinhas apaixonadas, que provavelmente compareceram ao festival somente por esta apresentação, que foi, de fato, voltada para esse público. “Efeitos especiais” e uma postura a la “Xôu da Xuxa” deram a tônica do show do Rouge, que fez a alegria dos que gostavam e provocou tédio em quem não gostava. Além das canções do grupo, cada integrante interpretou uma música significativa para sua carreira pré-Rouge, dentre elas, “Por Enquanto” (de Renato Russo, sucesso na voz de Cássia Eller) e “Minha Alma” (O Rappa). “Brilha la Luna” e “Aserejé”, os dois maiores hits do Rouge, foram tocadas duas vezes no show.


Em seguida, às 1h de sábado, foi a vez de Zeca Pagodinho. O malandro carioca provou que é atualmente o principal nome do gênero, botando adolescentes, jovens e coroas pra dançar na pontinha dos pés. Impossível resistir: até quem não tolera muito a palavra pagode, se rendeu. Entre eles, o jovem Erlan Bodevan e sua namorada, fãs do rock n roll: “Vim hoje pra ver o Zeca”, contou. E não deve ter se arrependido.  Entre uma cervejinha e outra, Zeca foi cantando durante 1h20min seus sucessos, como “Deixa a vida me levar”, “Jura”, “Incandeia” e a hilária “Caviar?”.


Cantando “Cachimbo da Paz”, subiu ao palco do FAMA, pela primeira vez, Gabriel O Pensador. Ancorado no repertório do disco “Ao Vivo MTV”, Gabriel fez a apresentação mais longa do festival, provavelmente para compensar a ausência de Ivete Sangalo. Ele, inclusive, explicou que já teve que cancelar shows em cima da hora por problemas de saúde e pediu desculpas por Ivete, dizendo que, “não é má vontade, nessa hora o artista fica louco de vontade de estar em cima do palco”. Explicação dada, começou a despejar seus hits pra cima da galera. Quando cantava “Retrato de um Playboy 2″ (tinha que ser!), uma pequena briga abriu um “clarão” no meio do público. Gabriel parou a música, parabenizou ironicamente o brigão e, encerrada (rapidamente) a confusão, continuou a festa. No final do show, durante cerca de 10 minutos, o rapper mandou algumas rimas de improviso, juntamente com o DJ de sua banda, e fechou apropriadamente com “Festa da Música”.


Fechando a penúltima noite do FAMA, a banda capixaba Herança Negra teve um pouco mais de público que as outras duas bandas locais, mas ainda assim merecia ter sido maior.

© 2008 Powered by WordPress