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Skol Beats no sambódromo da música eletrônica

É o que se esperava. Uma multidão de gente atrás dos melhores DJs e um vai-e-vem em busca das tendas.


Entre uma bebida e outra, uma parada para um break, a movimentação dos DJs não parava. Enquanto o DJ Nick Riley mandava na Gatecrasher (tenda do trance), Xerxes começava a agitar na Movement (tenda de drum’n’bass), a maior tenda do festival, com 2.400m². 


A tardezinha terminou com os super DJs Marky e Xerxes, com 2 pick-ups, violão e percussão, acompanhados pelo inglês MC Stamina. A pista do Outdoor Stage (palcos para shows ao vivo, que inclui apresentações de todas as vertentes da música eletrônica) já lotava e dava sinal de que a noite prometia.


Foi hilário quando o gringo cantou em português o hit da temporada britânica no ano passado, a brasileiríssima Carolina Carol Bela: “ela morra (mora) no meu peito / e eu morro (moro) vizinho a ela / e eu fico dejeito (desse jeito) / pensando os beijos, carinhos dela”. Stamina também mandava os seus “vai Marky, vai Xerxes, vai” e cada um dançava do seu jeito.


E Medicine 8, na Bugged Out (house), enchia a pista menor. E mais tarde na tenda The End (techno), o brasileiro Mau Mau, foi o primeiro a encher a pista. Realmente o lugar “bombou”.


O sem graça Junkie XL, atração do Outdoor Stage a que tanto esperavam pelo sucesso de mixagem A Little Less Conversation (Elvis Presley) ficaram a ver navios. Mas ficamos com o trance do DJ, que também mostrou seu trabalho com produções de house progressivo.


No mesmo horário o “godfather” do drum’n’bass britânico, Bryan Gee, estourava as caixas de som e era ovacionado pelo público. Melhor DJ da noite. Seu repertório foi desde suas próprias mixagens, incluindo o jungle e o hard drum’n’bass.


Gee é residente da noite de drumba no projeto Movement, que roda várias casas noturnas de Londres, e é também dono do selo V Recordings. Com esse apoio fonográfico, Marky e Xerxes gravaram Carolina Carol Bela cujo sucesso foi imediato. Gee trocou de horário com o pai do drum’n’bass, Grooverider, outra fera que apresentou seu trabalho pela madrugada adentro.


Para os amantes do techno, Layo e Bushwacha! na The End, desde o ano passado na terceira edição do Skol Beats, dois dos mais queridos e respeitados DJs da atualidade na cena do tech-house. Apesar de que seu repertório desta edição do evento contou também com techno, house e breaks. Muito aplaudido e gritado pela audiência presente, dentro e fora da lotada tenda.


E em seguida da dupla apareceu Green Velvet. As madeixas verdes, agora cortadas, carequinha, e num estilo punk, faz a excentricidade e autenticidade deste DJ um coringa, que também é produtor e por aqui apresentou um set cheio de tech-house e abusou do electro.


A Bugged Out estava a mil com o Slam. A dupla de escoceses é influência para os brasileiros. Muito house, pra variar.


O “mago”, como é conhecido Jeff Mills, trouxe de Detroit (EUA) a São Paulo a dinamicidade do seu som. O melhor de tech-house da noite e com mais de 20 anos de carreira é um dos melhores DJ americanos. Sua maior parceria é com o super top DJ francês Laurent Garnier.

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