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Skol Beats: Mania nacional

O Skol Beats não acontece em São Paulo. Sua localização é mais ampla, em um país de proporções exageradas chamado Brasil. Pessoas pularam de Brasília, Belo Horizonte, Rio de de Janeiro, Socorro (SP)  para a capital paulista, a fim de curtir os mais variados segmentos da eletrônica.


No ano passado, baseado no autódromo de Interlagos, o SB recebeu cerca de 40 mil pessoas. Este ano, no Anhembi, 43,8 mil ingressos passaram pelas catracas do festival.


“Na verdade, só quero curtir as tendas. Foi bem divulgado o festival. As tendas estão perto uma das outras. Está bem tranqüilo”, afirma a estudante Simone Queiróz, que veio especialmente do Distrito Federal para o SB.


Enquanto o som desaguava das caixas ultrapotentes, o estudante Thiago Abramo, 20, sentado entre as tendas The End e Movement,  checava cuidadosamente, nos cards, se sua programação corria conforme o esperado. “Vim para o Skol Beats com a programação pensada.” Sobre qual atração era mais esperada, Thiago foi enfático: “Dave Clarke!” (tenda Bugged Out).


Franco Rocha, que veio de Belo Horizonte, teve um objetivo maior na noite da música eletrônica. “Estou ansioso para ver o Ferry Corsten, na tenda Gatecrasher.”


Havia quem não se preocupava em traçar planos ortodoxos. A estudante Elisa Mello, 18 anos, saiu de Socorro, interior de São Paulo, para se divertir no SB. Ela diz que não programou nada. “Estou aqui me divertindo. Vou de tenda em tenda.” Até aquele momento, Koloral, na tenda Movement, e DJ Marky com Stamina, no Outdoor Stage, tinham impressionado a garota.


Impedimento não faltou a Samuel Junior Martins, 22 anos. Além do percurso de Campinas a São Paulo, Samuel, que é DJ e técnico em informática, poderia desistir de ir ao festival porque sofreu acidente de automóvel há poucas semanas. O desastre ainda deixava seqüelas na rótula do joelho esquerdo. Por isso, o campineiro usava uma muleta que, na hora do drum´n´bass, era agitada no alto, como se fosse uma bandeira. “Esta é a terceira edição do Skol Beats que venho. Não poderia perder de jeito nenhum.”


Sobre os DJs, Samuel diz estar orgulhoso da cena brasileira. “Os DJs brasileiros como o Marky e o XRS têm mostrado o valor da cena local. Eles são muito importante para o país.”

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