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Sim, nós somos iBest!

O dia 6 de maio de 2003 marcou uma cena singularmente pitoresca. Globais, empresários, profissionais de imprensa de todo o país em  um momento de badalação que, se não fosse tão importante e especial, poderia ser considerado mais uma de nossas muitas tentativas “terceiro mundanas” de nos equipararmos a Hollywood.


Seja pela beleza do povo ou pelo nervosismo que, em suas devidas proporções era o máximo que se podia sentir, a celebração do iBest 2003 teve, para um país em crise, ares de Oscar “sem nenhum aspecto Tupiniquim”. Sob o ponto de vista pessoal e mais do que isso, passional, a equipe do Central da Música não estava se sentindo diferente. Assim como os demais colegas, alguns parceiros e concorrentes, éramos mais uns na multidão, alegres por termos chegado tão longe e esperando, como quase todos, vencer.


Ah, sim, apenas participar já era uma vitória; perder, como já aconteceu, seria aprendizado muito positivo, mas, a verdadeira expectativa e desejo mais sincero era igual ao de todos os concorrentes, ou seja, a vitória.


Enquanto para alguns a estatuetinha do badalado prêmio iBest resulta em contratos publicitários avaliados em muitas cifras, para outros, inclui-se neste grupo nós, só a satisfação de termos sido colocados ali por vocês, público que sabe que não somos “tão especialistas assim”, nem tão “intelectuais assim”, nem diferentes de vocês (que só Deus sabe onde estão) e que, assim totalmente igualzinho a vocês amamos música e a valorizamos, com tanta intensidade que fez chegar até vocês e fazer com que se tornasse importante não só para a gente, mas para vocês, público e razão de todo o nosso trabalho.


Marília Gabriela falando de seu Gianne e entrevistas, Mesquita e Astrid Fontenelle falando sobre fofoca, Sabrina do Big Brother falando sobre… bem sobre nada muito relevante, Groisman falando sobre o que ele sempre fala e profissionais da Web com muitos e diferentes discursos de “15 segundos”, maioria dos quais emotivamente sem conteúdo. No iBest quase tudo é permitido, perdoado e possível! Afinal, sim, eles ( e nós- graças a vocês- somos iBest)!


Mas e a música (afinal, isso não é coluna social )?


A banda era a “quase famosa “ Funk como Le Gusta, que produz um som gostoso e interessante. Talvez pelo fato da premiação abordar muitas áreas a música acabou ficando em segundo plano no contexto do grande iBest show. O “Mestre de cerimônias” Luciano Huck chamava o grupo todo o tempo (o que fez parecer que eles tocaram em troca de publicidade), e o som era uma espécie de música ambiente. Nos intervalos rolava, juntamente com a champagne, sushi, coração na mão, expectativa e curiosidade que a imprensa disfarçava a todo o custo, som mecânico, porém com um certo nível de seleção. Quem foi à festa esperando dançar ou curtir uma boa música ao longo da noite, saiu frustrado.


A comemoração terminou ao fim da entrega de prêmios e quem quisesse dançar que procurasse entre as muitas opções paulistanas ( a mais próxima era a  boite de eletrônica LOV.E, a cerca de 30 passos dali).


Arte, soberana arte


O Central (isso, nós mesmos) levou o primeiro lugar na categoria Regional Espírito Santo, estado onde se localiza nossa nada convencional redação. Entre páginas de  jornais, revistas, empresas, ongs sérias e nem tão sérias assim, política, esoterismo, mulher pelada, jogo sabe Deus do que, fofoca sobre vizinhos e artistas globais e “otras muchas cositas mas”, o público escolheu a nós, veículo informativo a respeito de música. Dentre os mais de 300 concorrentes, muitos dos quais muito bem feitos e interessantes, nós e pessoal do Upa fomos lá representar o povo capixaba, e falando de música, ou seja de arte. O que é mais legal é que o Estado tem estado famoso por denúncias de corrupção, prisão de nosso ex-presidente da Assembléia Legislativa, crime organizado e coisas do gênero. Aí o pessoal vai lá e escolhe o assunto Arte, ou seja beleza e positividade.


A equipe da Central espera poder estar fazendo um trabalho que corresponda às expetativas, porque apesar das muitas falhas, somos motivados pela mesma visão que vocês, ou seja, acreditamos que a arte, em suas muitas formas, é uma das coisas mais positivas que o homem já foi capaz de fazer em todos os tempos.


É por isso continua sendo, ao longo dos anos, tão importante para pessoas tão diferentes e em contextos diferentes. É a arte (e a música, por ser tratar da mais popular manifestação) que contará às próximas gerações quem fomos e o que fazíamos, nós, meros mortais quando nem nossas cinzas estiverem mais aqui.


Agradecemos a vocês por nos darem a oportunidade de falarmos de arte com liberdade e muito prazer. Que possamos então continuarmos juntos e ouvindo muita música, sempre!


A você leitor, parte mais importante do nosso trabalho, nosso muito obrigado,


Equipe Central da Música 2003



Os representantes do Central da Música na festa do IBest 2003: Adriano Claret (jornalista), Gabriela Cuzzuol (jornalista), Diego Sana (webmaster/Diretor Geral) e Deivys Alves (webdesigner)

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