Sai coletânea com hits de Elvis. Confira especial sobre ele
Chegou ontem às lojas de todo o planeta a “luxuosa” coletânea “Elvis 30 #1 Hits”, com trinta sucessos do “rei do rock” que alcançaram o topo das paradas. O lançamento é o ponto máximo desse que foi planejado pela Elvis Presley Enterprises Inc. e a RCA Records/BMG como “o ano Elvis Presley”.
As faixas de Elvis 30#1 Hits foram mixadas e remasterizadas a partir dos tapes originais para obter qualidade máxima, incluindo “Heartbreak Hotel”, “Jailhouse Rock”, “Return To Sender”, “Are You Lonesome Tonight” e “Cant Help Falling in Love”. Como bonus track, foi incluida o recente hit mundial “A Little Less Conversation”, remix feito pelo DJ JXL.
Para dar suporte ao lançamento, a RCA Records, a BMG e a Bertelsmann coordenaram uma campanha de marketing promocional maciça. Companhias tão diversas como AOL Time Warner, Lycos e NASCAR se junataram a RCA para ajudar a promover o lançamento.
Elvis é o único artista a figurar em todos os três Halls of Fame da música, o Rock n roll, o Country e o Gospel. Elvis é recordista em número de singles Top 10 (40), possui também a maioria de Discos de Ouro e Platina (139) e é o artista que mais vendeu discos na história da música. Sua popularidade permanece intacta e há mais fãs-clubes em atividade em todo o mundo do que de qualquer outro artista.
A história do mito
Ele mudou para sempre o cenário da música americana com som e estilo únicos, que uniam influências a princípio disparatadas. No processo, detonou uma revolução musical e liderou uma transformação cultural em escala planetária. Elvis era apaixonado por música, em muitas de suas variações. Entre suas influências estavam baladas pop e a música country da época, a música gospel que ele ouvia na igreja e nos festivais noturnos que freqüentava e o r n b negro que absorveu na famosa Beale Street de Memphis quando era adolescente. Sua ambição era pegar a música que o comovia e dar a ela sua própria identidade. Ninguém poderia ter previsto quanto sucesso Elvis faria, ou o impacto de sua música na sociedade. Ele foi o primeiro ícone do rock and roll.
A carreira de Elvis teve diversos momentos diferentes, mas dois períodos são definitivos em sua biografia musical: 1955-56, quando ele conseguiu reconhecimento internacional com um som que tornava invisíveis as fronteiras entre os gêneros; e nos anos 70, quando após duas voltas, ele estabeleceu uma nova imagem, em longas turnês e uma produção mais elaborada. Hoje, 25 anos após sua morte, seu sucesso continua intocado e Elvis continua sendo o Rei do Rock and Roll.
Ele não nasceu com o gênero, no entanto. Em suas primeiras gravações, produzido por Sam Phillips, na lendária gravadora Sun Records, em 1954, Elvis cantava uma balada atrás da outra. Acabou não conseguindo impressionar Phillips, que achou que seu talento bruto não era páreo para feras como Eddie Fisher, Dean Martin e Johnny Ray- os grandes cantores da época. Brincando entre gravações, Elvis se meteu a cantar uma versão de “Thats all right”, do bluesman Arthur Crudups. O som – um branco cantando música
negra – era exatamente o que Phillips estava esperando.
O som que Elvis criou em 1954-55, pouco antes do estouro definitivo, foi revolucionário. Em suas primeiras performances, ele somava rythym and blues ao country, unindo estilos que antes eram distintos. Assim, ele preparava o caminho para o gênero que se tornaria conhecido com o nome de rock and roll.
Em 1956 Elvis era uma estrela nacional, reconhecido como líder do movimento rock & roll. O gênero foi acolhido pela gravadora RCA, que contratou Elvis naquele mesmo ano. Com o lançamento de “Hound dog”, em 1956, ele solidificou o rock como o som do momento. Mas não era o único gênero a que ele se dedicava: Elvis continuou incorporando os estilos que amava, como o pop, o r n b e o gospel, às suas gravações. Assim, ele acabou atingindo um nível inédito de sucesso. Seu primeiro lançamento pela RCA, “Elvis Presley”, ficou
no número 1 por 10 semanas e foi o disco pop mais vendido até então. Seus singles, ao mesmo tempo, ficaram no topo por 24 semanas. Em 1956 Elvis já tinha 10 canções de diversos gêneros diferentes no top 100. Foi o rock, no entanto, que lhe trouxe a consagração e a crítica. Jovens o idolatravam enquanto pais o detestavam. No entanto, a música de Elvis tinha como objetivo apenas divertir e emocionar.
Além da paixão pela música, Elvis desejava ardentemente ser ator. Seu empresário, Colonel Parker, incentivava essa aspiração, por achar que reforçaria a imagem do cantor. Ele tenou durante os anos 50 e no começo dos 60. O público, entretanto, era apenas atraído pela música. Conseqüentemente, Elvis passou a conseguir papéis apenas em musicais, o que o deixou muito decepcionado. Durante os anos 60, ele ficou entre as duas carreiras, experimentando o sucesso musical e o fracasso dramático. Mais tarde, entre 1961 e 1968 Elvis conseguiu se equilibrar entre as duas carreiras, com relativo sucesso. Com o tempo, no entanto, o interesse por ele começou a
diminuir. Suas músicas já não tinham a originalidade e a espontaneidade de seu início de carreira. Ao mesmo tempo, a invasão britânica-que devia muito ao trabalho de Elvis nos anos 50 — e novos artistas americanos varreram a geração segunte de fãs de música. Bandas como os Beatles, os Rolling Stones e os Doors e cantores/compositores como Bob Dylan surgiram no cenário musical e trouxeram alternativas para o público.
Tudo mudou em 1968, quando Elvis protagonizou uma volta em grande estilo. O que pretendia ser um espetáculo de Natal na TV, “Elvis” levou a carreira do Rei a um novo patamar. Com a maioria das canções tiradas de seu repertórion dos anos 50, ao lado de um punhado de novidades, a performance era um retrospecto da carreira, em matéria de som e visual. De couro preto, Elvis exalava o mesmo carisma e energia que haviam cativado uma geração inteira 10 anos antes. Sua presença encantou pessoas que haviam esquecido do dinamismo de Elvis Presley. A reação dos fãs, ao lado do sucesso de crítica, levaram Elvis a ganhar novamente os holofotes. Ele começou mudando sua maneira de gravar. Saindos dos estúdios em Nashville que haviam sido sua casa de 1960 e
1968, ele começou a gravar em Memphis um mês após o especial. Também encontrou uma nova banda e uma nova sonoridade. Novamente, Elvis recusou-se a ser cerceado pelas barreiras musicais da época e se dedicou a criar música que fosse genuinamente sua. Assim como o material que criou ao voltar do exército, o lançamento de 1969, “From Elvis in Memphis”, incorporava muitos
gêneros musicais. O disco tinha 12 Elvis diferentes. Levado por sucessos como “In the ghetto” e “Suspicious minds:, o trabalho tinha letras maduras e compromisso social.
Elvis havia chegado a mais um pico em sua carreira. A volta também trouxe de volta a interação com o público cuja falta ele havia sentido tanto durante seu tempo em Hollywood. Em agosto de 1969, Elvis começou uma série de shows, que começou com quatro semanas de lotação esgotada no International Hotel de Las Vegas-mais um recorde, é claro. Depois de mais alguns shows lotados em
Vegas, ele partiu para uma série de excursões pelos Estados Unidos, enquanto gravava novos discos, que mais uma vez vendiam aos milhões. Em janeiro de 1973 ele fez história no mundo da TV e do entretenimento-além de confirmar sua popularidade internacional-com “Elvis: aloha from Hawaii”, um show transmitido para mais de 1 bilhão de pessoas em 40 países. Embora continuasse no palco ao longo dos anos 70, seus shows começaram a decair. Sua música começou a ser dominada por baladas que refletiam as decepções em sua vida, incluindo o casamento com Priscilla Presley, que terminou em 1973.
Já no final de sua carreira, Elvis ainda adorava cantar ao vivo, mas cansou-se dos estúdios-tanto que fazia questão de gravar em casa. Na verdade, ele não foi à sua última sessão de gravação, em janeiro de 1977. Tendo chegado a um nível de sucesso que nenhum artista antes dele havia atingido, Elvis ficou entediado e procurava novos desafios. Sua saúde também decaiu, com o surgimento de problemas médicos e a dependência de remédios. Apesar do final trágico e da conclusão repentina de sua carreira, as
conquistas de Elvis Presley não são menos do que históricas. Suas vendas de discos, apenas nos Estados Unidos, conseguiram discos de ouro, platina ou platina múltipla por 132 discos ou singles, muito mais do que qualquer outro artista. Ele é o único a ter sido aceito em três Halls da Fama, do rock, do country e da música gospel. Globalmente, Elvis já ultrapassou a marca de 1 bilhão de discos vendidos, mais do que qualquer outro artista. Hoje, 25 anos após sua morte, ele continua sendo uma das figuras mais influentes na música e na cultura americanas. Mais do que isso: reconhecido por várias gerações e por setores diversos da sociedade, Elvis tem lugar permanente na história dos Estados Unidos, do mundo e da música.
Curiosidades
- Os pais de Elvis lhe compraram seu primeiro vioão como presente de aniversário em 1946, quando ele completou 11 anos.
- Problemas financeiros levaram a família Presley a mudar-se de Tupelo para Memphis em novembro de 1948. Elvis e seus pais moraram em construções públicas ou de aluguel barato nos bairros pobres do Norte de Memphis.
- No verão de 1953, Elvis fez sua primeira gravação não-oficial, quando passou pelo Memphis Recording Service, casa da Sun Records, gravadora dirigida por Sam Phillips. Como o diretor não estava na casa, seu assistente, Marion Keisker, ajudou Elvis a gravar versões demo em acetato de “My Happiness” e “Thats When Your Heartaches Begin”.
- Nos dias 5 e 6 de julho de 1954, a primeira sesão de gravação comercial de Elvis aconteceu com Sam Phillips na Sun Records. “Thats All Right”, de Arthur “Big Boy” Crudrup, além de “Blue Moon of Kentucky” formaram o primeiro dos cinco singles que Elvis lançaria pela Sun.
- A primeira aparição de Elvis mostrando seu famoso passo em que sacudia as pernas aconteceu em seu primeiro grande show profissional, no Overton Park Shell, dia 30 de julho de 1954.
- No dia 2 de outubro de 1954, Elvis apareceu pela primeira vez no pomposo programa “Grand Ole Opry”. O público não ficou impressionado e sugeriu ao cantor que voltasse a dirigir caminhões.
- No dia 16 de outubro de 1954, Elvis apareceu no Louisiana Hayride, um programa de música country ao vivo no rádio em Shreveport, na Louisiana. Foi lá que Elvis conheceu “Colonel” Tom Parker (no dia 15 de janeiro de 1955), quando este trabalhava com o cantor country Hank Snow.
- A primeira confusão após um show de Elvis aconteceu no dia 13 de maio de 1955, em Jacksonville, na Flórida, depois que o cantor encerrou sua apresentação dizendo: “Garota, nos vemos lá atrás”.
- Em novembro de 1955, Sam Phillips – através de Colonel Parker – vendeu o contrato de Elvis da Sun para a MCA pela então inédita soma de US$ 35 mil.
- Dois dias depois do aniversário de 21 anos de Elvis, em janeiro de 1956, ele passou por sua primeira sessão de gravação pela RCA, em Nashville. “Heartbreak Hotel” foi o primeiro compacto lançado, no dia 27 de janeiro, e acabou sendo o primeiro single de Elvis a ultrapassar o milhão de cópias vendidas, dando ao cantor seu primeiro disco de ouro.
- O primeiro LP de Elvis pela RCA foi lançado no dia 23 de março de 1956 e foi o primeiro disco pop a atingir US$ 1 milhão em vendas.
- Elvis cantou em Las Vegas pela primeira vez no dia 23 de abril de 1956, mas seu público era mais velho e não de típicos fãs de Elvis. Assim, sua aceitação foi apenas razoável, uma ironia quando se sabe do sucesso que ele faria em Vegas anos depois.
- Depois de canta no programa The Milton Berle Show em junho e causar furor por todo o país por causa de sua dança sensual em “Hound Dog”, Elvis apareceu no programa The Steve Allen Show no dia 1o de julho de 1956. Ele tocou uma versão mais modesta de “Hound Dog”, cantando com um cão basset (de verdade) e vestido com um smoking preto com franjas.
- Em agosto de 1956 Alvis começou as filmagens de seu primeiro filme, “Love Me Tender”, cedido à Paramount pela 20th Century Fox.
- No dia 9 de setembro de 1956, Elvis fez sua primeira de três aparições no famoso programa “The Ed Sullivan Show”, o mais popular de sua época, atraindo o maior público da história até então para um programa de TV. Em sua célebre terceira aparição, Elvis foi mostrado apenas da cintura para cima.
- “O Dia de Elvis Presley” foi proclamado em Tupelo, Mississippi, no dia 26 de setembro de 1956. Elvis voltou à sua cidade natal para dois shows na Feira Mississippi-Alabama, a mesma em que ele tinha cantado aos 10 anos de idade. Cerca de 22 mil fãs foram ao show, mais do que a população inteira de Tupelo.
- Quando Elvis recebeu sua convocação para o Exército americano, em dezembro de 1957, a Paramount pediu um adiamento de dois meses, para que ele pudesse concluir um filme, “King Creole”.
- Gladys Presley morreu em Memphis no dia 14 de agosto de 1958 e foi enterrada no Ceitério Forest Hill.
- Em setembro de 1959, em Freidberg, na Alemanha, Elvis conheceu a jovem Priscilla Ann Beaulieu, então com 14 anos e meio. O pai dela era da Aeronáutica. Eles se casaram no dia 1o de maio de 1967. Em 1o de fevereiro de 1968, nasceu Lisa Marie.
- O último show de Elvis antes da volta em 1968 aconteceu no dia 25 de março de 1961, na Bloch Arena, em Pearl Harbor; o show angariou R$ 62 mil para o Fundo Memorial do Arizona.
- Entre 1956 e 1972, Elvis atuou em 33 filmes, incluindo dois documentários. Ele se concentrou em sua careira cinematográfica de 1961 a 1967, quando parou d se apresentar ao vivo e fez 18 filmes.
- O primeiro Grammy de Elvis veio pelo single gospel “How Great Thou Art”.
- No dia 3 de dezembro de 1968, Elvis estrelou um dos mais espetaculares retornos da história da música com a transmissão do especial “Elvis”, da NBC.
- No dia 31 de julho de 1969, Elvis voltou aos shows com uma temporada no International Hotel de Las Vegas. Sua permanência de quatro semanas quebrou todos os recordes de público.
- Em julho de agosto de 1970 foi filmado o primeiro documentário sobre Elvis. “Thats The Way It Is” traz um show do cantor em Las Vegas e material exclusivo de bastidores.
- No dia 16 de janeiro de 1971, Elvis foi eleito Um dos Dez Jovens de Destaque da Nação do ano anterior, pela Câmara Júnior de Comércio (a Jaycee) americana. A honraria nacional é dada a jovens que tenha conseguido grandes conquistas em suas áreas.
- Em junho de 1971, uma longa parte da estrada Highway 51 South, que passa na frente de Graceland, foi oficialmente renomeada Elvis Presley Boulevard.
- No dia 28 de agosto de 1971, Elvis recebeu o Prêmio Bing Crosby da Academia Nacional de Artes de Ciências. O prêmio, que leva o nome de seu primeiro vencedor, é um reconhecimento especial da academia (a NARAS). Mais tarde ele foi renomeado Prêmio pelo Conjunto da Obra.
- Em março e abril de 1972, Elvis teve sua turnê nacional filmada. O material foi usado no filme “Elvis on tour”, que ganhou o Globo de Ouro de melhor documentário.
- De 9 a 11 de junho de 1972, Elvis cantou em quatro shows lotados no Madison Square Garden, estabelecendo um novo recorde de bilheteria.
- Em janeiro de 1973, Elvis fez história com “Elvis: Aloha from Hawaii”, uma transmissão vista por mais de um bilhão de pessoas em 40 países.
- No dia 3 de outubro de 1973, Elvis e Priscilla se divorciaram oficialmente.
- Em fevereiro de 1976. Elvis passou uma semana gravando no jardim de Graceland, com equipamento de gravação móvel trazido pela RCA. As sessões produziram o disco “From Elvis Presey Boulevard”.
- O último show de Elvis aconteceu no dia 26 de junho de 1977, no Market Square Arena de Indianápolis.
- Elvis morreu de insuficiência cardíaca na manhã de 16 de agosto de 1977. Ele tinha passagem marcada para um show no dia seguinte em Portland, no Maine.