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Dimi Zumquê, de São Paulo, vence o XX FAMA

Concorreram forrós, rocks, pops e músicas românticas, mas o prêmio ficou mesmo para a MPB. A canção vencedora do XX Festival de Arte e Música de Alegre, selecionada entre mais de mil inscritas (e 22 classificadas), foi “1, 2, E…”, composta por Josias Damasceno e Dimi Zumquê, e interpretada por Dimi, que é de São Paulo.


Chamado ao palco do FAMA logo após o show de Caetano Veloso para receber o prêmio, Dimi agradeceu: “É a 1ª vez que participo desse festival, e não tem ninguém aqui hoje mais alegre do que eu, nem o Caetano. Obrigado mesmo”. Como prêmio, o artista recebeu trófeu e mais R$ 18 mil.


Dimi Zumquê atua profissionalmente há mais de 13 anos, apresentando-se em bares da noite paulista e carioca. O artista estreou em disco em 1992 com LP Ritmos, e em 1998 lançou o CD Flora Caju, gravado ao vivo nos dias 30 de setembro e 1 de outubro no Teatro Oficina (Theatro Pedro II). Com o prêmio recebido no Festival de Alegre, Dimi deve finalmente gravar um novo disco.


Maiores informações sobre o artista podem ser obtidas no site oficial http://sites.netsite.com.br/dimizumque/. Em http://beta.novamusica.com.br/cgi-bin/artista.cgi?musico_id=46 é possível fazer download de algumas músicas de Dimi.


Outros vencedores

Além de Dimi, foram premiados na noite do dia 21 todos os outros dez artistas classificados para a final do FAMA. A música “Canto a Canto”, composta por Júlio Tercett e interpretada por “Pitico”, que reside em Alegre, ficou com a 2ª colocação. Pitico levou ainda o prêmio de melhor intérprete. Já o 3º, 4º e 5º lugares ficaram, respectivamente, com “Lo que puede Dar”, da uruguaia Giselle Graside, “É ruim de pegar com a mão”, do carioca Zé Alexandre (vencedor do FAMA em 2002), e “Alma Brasileira”, do paraense Fabrício dos Anjos.


O segundo prêmio mais importante do festival, o prêmio povo, dado à música que tem melhor aceitação por parte do públcio, foi para “É ruim de pegar com a mão”, um típico samba de malandro do RJ, cujo refrão diz  “Se o caixote é pesado / eu deixo no chão / é ruim de pegar com a mão / se a mulher é gostosa / e o marido é fortão / é ruim de pegar com a mão / Se ao invés de Nair / eu falo Conceição / a patroa me acerta no pomo-de-adão / é ruim de pegar com a mão”.


Letra de “1, 2, E…”


Valha-me Deus
Testemunha de que eu
Tudo quanto fiz, foi por amor, até mesmo esse samba
Desmereceu
Exigiu postura
Sempre em linha reta e adiante
Condição: Sim ou Não; 1, 2, e…


Mas o que sou eu uma mistura
Traço olho de cabra com açaí
Rolo de Noel à Sepultura
Pokemon, Fellini e Morumbi
Mas meu bem me acusa, não me escuta
Diz não entender meu jeito free
Basta é a gota d água
Casaco com bermuda
Coração congelou, desço aqui


Diz que não aconteço, não sou nada
Leu meus versos logo deu piti
Crase, ponto, oração subordinada
Metonímia, rima, morreu de rir
De lambuja gosta da levada
Mas me acusa de alguém perseguir
Berimbau no funk
Cuíca na balada
Drum and Bass, Rock n Roll, Axé Gandhi

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