Entrevista: “O Capital Inicial é o rock n roll”
Ainda colhendo os louros do sucesso de seu “Acústico MTV”, que vendeu 800 mil cópias e rendeu à banda o título de “mais importante do rock nacional” em 2001, o Capital Inicial está de volta às lojas com o disco “Rosas e Vinho Tinto”, o décimo de sua carreira. Trazendo catorze faixas, todas inéditas, o novo trabalho, conforme a banda vem fazendo questão de frisar, é um disco de rock n roll. Sem dar qualquer chance pro azar, o grupo nem pensou em fazer uma espécie de “volume 2″ do Acústico, como fizeram os Titãs. O resultado é bom e, acima de tudo, honesto. Apesar de despretensioso e de não ser uma obra prima, “Rosas e Vinho Tinto” é um típico (bom) álbum de pop/rock brasileiro: tem o peso das guitarras e as melodias bem colocadas, dando suporte a letras compostas em sua maioria pela dupla Dinho Ouro Preto/Alvin L e que neste trabalho tratam apenas de relacionamentos.
Em conversa com o MúsicaNews por telefone, na tarde de ontem, durante 40 minutos, o baterista Fê Lemos contou os principais detalhes sobre o disco, adiantou que a banda prepara um show mais bem produzido para a nova turnê e ainda falou sobre política, o passado do Capital Inicial e relançamentos. Confira:
MúsicaNews: Vamos começar falando desse título, “Rosas e Vinho Tinto”. Ele tem alguma explicação ou é só um nome bonitinho?
Fê Lemos: Bem, primeiro, o título segue uma tradição do Capital que é dar nome aos discos a partir de uma música que há nele. Segundo, após o Acústico, esse é um disco muito importante, porque vem depois do mais bem sucedido da nossa carreira e a gente sabe que vão estar todos os olhos em cima da gente. Uma das pressões que nós sofremos, principalmente por parte dos fãs, foi de que a gente não mudasse de estilo, ao invés de fazer um disco suave, uma espécie de Acústico volume 2. E a gente resolveu fazer uma ironia, porque “Rosas e Vinho Tinto”, à primeira leitura, é algo suave, algo romântico, as pessoas vão pensar “ih, os caras amoleceram”, mas se você for ouvir a música título, ela é a mais punk do disco, onde inclusive se usa também uma ironia, “Você é tudo pra mim, o princípio e o fim, mas agora vem a verdade, às vezes eu minto, como um peixe nadando num mar de rosas e vinho tinto”. E depois disso tudo, “viajando”, eu bolei uma explicação (risos) que todo mundo na banda adorou, e que é muito simples. Existe aquela famosa trilogia, “sexo, drogas e rock n roll”. No nosso caso, as rosas seriam o sexo, o vinho tinto as drogas, e o Capital Inicial é o rock n roll.
O disco já está em pré-venda na internet há um bom tempo, algo que acontece com poucos artistas brasileiros e sugere que a gravadora está apostando neste disco do Capital. O que vocês estão esperando dele?
Sim, sim. Na verdade, a gente está totalmente consciente de que é muito difícil repetir a vendagem do “Acústico”, deixamos claro pra gravadora, está claro pra gente principalmente que esse disco é outro departamento, é um disco de carreira, com músicas inéditas, é um disco de rock brasileiro. Então, talvez, uma parte do público que comprou o acústico não se interesse por esse. Por outro lado, a gente vê que a nossa popularidade continua crescente após o Acústico, então pode ser também que haja uma grande parcela de pessoas interessadas nesse disco. O Acústico foi o CD de música pop mais bem sucedido da Abril Music até hoje, então, naturalmente, a gravadora está muito confiante e sabe da expectativa que esse disco tem. Inclusive, a gente já está na segunda semana de trabalho da música nova (“À sua maneira”), e ela foi muito bem recebida, já entrou na lista das mais pedidas de várias rádios.
Essa música de trabalho é uma versão de uma música de um grupo argentino. O Herbert Vianna já havia feito uma versão dessa música também, está no “Nove Luas”, dos Paralamas. Vocês sabiam disso ou ficaram sabendo depois de gravar?
A gente ficou sabendo depois. Quando começamos a fazer a versão a gente não tinha a menor idéia de que já tinha sido gravada pelos Paralamas. Tanto que a nossa versão é completamente diferente, o Dinho traduziu a letra adaptando-a livremente, a gente depois viu que o Herbert fez uma tradução mas também manteve uma parte da letra em espanhol. A interpretação dos Paralamas é mais próxima à original, a nossa não, a gente partiu pra outra praia, a nossa é mais suingada, um pouco mais lenta, é algo mais anos sessenta, eu diria, tem uma guitarra à la Jimi Hendrix. Mas a gente realmente não sabia, quem nos falou foi nosso tecladista, isso antes de entrar no estúdio, mas com a demo já gravada.
E por que escolheram essa música pra ser a de trabalho então?
Bem, depois que ficamos sabendo, nós passamos a bola pra gravadora e falamos “olha, aconteceu isso aqui, existe uma outra versão já e tal”, a gente também nem sabia se os autores autorizariam uma nova versão em português, daí a gravadora entrou em contato com eles, que provavelmente ouviram e aprovaram nossa versão. E também, quando a gente soube da versão dos Paralamas a primeira dúvida foi: “essa música tocou?”. A gente achou que não, porque senão a conheceríamos, a gente acompanha o trabalho de nossos companheiros, ouve o que toca nas rádios. Depois de gravar o disco, entregamos ele na mão da gravadora e deixamos que ela decidisse qual a primeira música de trabalho, o nosso papel é gravar o melhor disco possível, colocar as canções que realmente nós gostamos e queremos. Se nós músicos fomos fazer essa escolha, a gente acaba metendo os pés pelas mãos, cada um tem sua predileta, já a decisão da gravadora é democrática, todos os departamentos são consultados, eles fazem uma audição do disco e as pessoas votam. Ainda sobre essa música, é curioso que ela tem uma cara internacional, eu acho que ela tem uma sonoridade que pode alcançar um público que o Capital não atingiu ainda.
Você já tocaram fora do Brasil?
Nós nunca tocamos fora do Brasil e isso é outra coincidência que essa música trouxe. Ao fazer a versão dela, nós pensamos, “pô, a gente bem que podia gravar com a letra original, em espanhol, pra tentar lançar no mercado latino”. A gravadora comprou a idéia, nós fizemos essa versão em espanhol, não sei como é que está agora, ela não saiu no CD novo, mas a gente vai tentar fazer acordo com alguma gravadora que tenha distribuição na América Espanhola. Mas por enquanto é uma incógnita, a gente nunca fez isso antes, o Capital é uma banda exclusivamente brasileira. Na verdade, tocamos uma vez fora, quando estávamos gravando o “Atrás dos Olhos”, nos EUA, aproveitamos e fizemos um show em Miami.
Quais as diferenças que vocês estão vendo entre o Loro e o Yves, o guitarrista novo?
O Yves tem uma pegada mais pesada, tocou em uma banda de heavy metal, o Viper.
Ele chegou a tocar antes em alguma banda com uma sonoridade mais parecida com a do Capital?
Olha, o último disco do Viper, “Tem pra todo mundo”, é um disco de rock brasileiro. Mas o fundamental é que o Yves é um guitarrista de rock. Ele tem as mesmas referências que a gente, nós também crescemos ouvindo heavy metal, nós ouvimos muito o rock dos anos oitenta, ele também, a gente ouviu grunge, ele também, o Yves tem toda uma escola semelhante à do Capital. Eu diria mais, ele já trabalhou com a banda, em 1997 fez alguns shows com a gente. Depois, já na turnê do Acústico ele apareceu em alguns shows para dar uma canja. Ele é um amigo, participou da fase de composição do disco, há inclusive uma música dele em parceria com o Dinho e o Alvin, ou seja, ele estava junto com a gente durante todos esses meses, foi uma escolha natural. A gente deixou ele bem a vontade pra fazer o som dele, agora ele é o guitarrista, ele escolhe, só que, tem uma coisa: no Capital, o que fala mais alto não é o virtuosismo instrumental de um ou de outro, nosso foco é sempre a canção, temos que trabalhar pra ela soar da melhor maneira possível, não o contrário, ela ser um apoio pra viagens individuais, é uma característica do rock de Brasília mesmo, primor pela simplicidade. O Yves captou isso perfeitamente, no disco não existe nenhum excesso, as guitarras estão bem colocadas, na hora que tem que aparecer com força, aparece com força, na que tem que ser sutil, aparece sutil.
O que aconteceu foi que, no final de novembro o Loro saiu, a gente tinha uma agenda de shows em dezembro, pra completar a turnê. Nós fizemos esses shows só com um guitarrista, com o Fred Nascimento. Daí começamos a trabalhar em janeiro na pré-produção do disco, com o Yves já participando, dando um apoio, mas esperando uma definição do Loro. Durante o mês inteiro nós ligamos pra ele, perguntando se ele viria e ele sempre dizendo que não queria, e aí falamos: “olha velhão, a gente tem um prazo que é até a entrada no estúdio”. Quando chegamos na véspera eu falei com ele, que confirmou realmente que ia dar uma outra direção à vida dele, que estava exaurido da estrada, dos compromissos que são inerentes a uma banda que atinge a posição que a gente atingiu, ele queria uma vida mais tranquila. Foi aí que nós oficializamos o convite ao Yves, que participou de todo o processo de composição do disco, não pegou pela metade não.
Não, a gente nunca pensou nisso, principalmente porque o Kiko é um artista que tem uma carreira própria, é um artista fenomenal, admirado por todo mundo na banda. A participação dele no acústico foi principalmente pelo fato de ele ser amigo nosso desde os anos 80 e por ser um grande violonista, a gente precisava de mais um. Foi natural fazer o acústico com ele, que estava sem contrato com gravadora na época, estava fazendo poucos shows, ele fez porque estava afim mesmo, na minha opinião ele não precisava disso, ele topou porque achou que ia ser legal, que ele ia curtir, e acho que foi isso mesmo que aconteceu durante o um ano em que ele nos acompanhou.
Como vai ser o show do “Rosas e Vinho Tinto”?
A gente manteve os músicos que nos acompanharam na turnê do Acústico, eles inclusive participaram da gravação desse novo disco. Pretendemos transformar nosso show num espetáculo maior, após esse sucesso nós passamos a tocar pra platéias muito maiores, a gente quer levar pra esse público a maior estrutura que já montamos até hoje em termos de show, vamos estar incrementando a iluminação, vamos incluir, provavelmente, de início, umas sete músicas novas, mas a gente não pode também deixar de tocar as músicas do acústico que a galera conhece.
E as músicas do acústico vocês vão voltar a tocar nas versões originais, não é?
Desde o Rock in Rio, que foi um divisor na turnê do acústico, o show já não é mais acústico, até então a gente estava fazendo ainda com banquinho e violão. É engraçado que as platéias estavam crescendo, a gente estava tocando já prá 5, 10 mil pessoas, e estava ficando muito estranho, é um show de rock, a gente tem vontade de correr, de tocar mais alto, é natural que isso aconteça. E a gente percebeu que pro Rock in Rio a gente não poderia ficar no banquinho, o acústico é um show intimista, quando tocamos pra essas 200 mil pessoas lá a gente viu que não dava mesmo, no Rock in Rio já colocamos uma guitarra e mantivemos um violão. No meio do ano, quando o Kiko parou de tocar conosco, nós já colocamos uma segunda guitarra. Então, agora, quem ver o show, vai ouvir as mesmas músicas do acústico, com os mesmos arranjos, só que com muito mais peso.
O Dinho deu uma entrevista no ano passado contando que a banda toda fez a campanha da Marta Suplicy em São Paulo, disse que vocês ainda acreditam em mudança, que votam no PT. Estamos em ano de eleição para presidente… vocês vão fazer campanha?
Olha, eu creio que sim, não houve nenhum formal ainda. A banda se tornou bem mais popular, nós tocamos pra todo tipo de público, mas a gente não abre mão da nossa conotação política, nós somos eleitores do PT, nós não tocaríamos na campanha de todos os candidatos. Nem temos tempo e nem queremos participar como artista convidado pra animar comício, tem muitos companheiros que fazem isso, tudo bem, a gente sempre tentou dizer não, mas se for necessário, se a gente for convidado, nós vamos declarar nosso apoio ao Lula com certeza.
Mas apesar dessa declarada posição política, esse disco novo, aparentemente, não tem nada de crítica social…
É, na verdade a maior parte das canções são sobre relacionamentos, eu acho que é o cotidiano da gente, das relações, a vida em família. Essas coisas, principalmente no caso dos compositores, o Dinho e o Alvin, estão mais presentes. É engraçado, existe sim uma crítica numa pequena vinheta, entre a sétima e a oitava música do disco, essa vinhetinha se chama “No mesmo lugar”, era uma música que era a única que tinha uma conotação de crítica social, mas realmente é um disco em que as músicas sobre relacionamentos são mais importantes que a crítica política. A gente já deixou bem claro a nossa posição diversas vezes, a gente não quer correr o risco de se repetir. Algumas coisas estão mais a flor da pele em alguns momentos na vida de um artista, eu acho que ele tem que ser fiel a isso, então, nesse disco em particular, o que está a flor da pele são os relacionamentos, amor, ódio, desencontros, enfim. O Capital foi a primeira banda de Brasília a fazer uma canção de amor, está no nosso DNA, a gente está sendo fiel a ele.
Esse disco é claramente um trabalho de rock n roll, conforme vocês fazem questão de afirmar. Não conheço tão bem a discografia do Capital, mas por um disco ao vivo de vocês que ouvi, a impressão que tenho é de que na década de 80 o som do Capital era um pouco mais sujo, quase punk mesmo. Hoje, nesse disco, eu percebo uma linha mais melódica. É isso mesmo, aconteceu essa mudança?
Esse disco ao vivo é independente e foi gravado em 96, quando estávamos sem o Dinho, o vocalista era o Murilo Lima, que gravou antes também um outro disco conosco. Sobre o que você perguntou, se você você ouvir os primeiros discos da banda, você vai ver que a gente tem sim a influência do punk, a gente começou a tocar por causa do punk rock, mas o Capital sempre teve um lado pop muito forte, a gente sempre deu muito atenção às canções, mais do que a sujeira no som. Esse disco a que se referiu, por ser ao vivo, tem uma sonoridade bem mais suja mesmo e pega meados dos anos 90, quando o que caracterizava o rock era o grunge. Mas mesmo nele há melodias, ou seja, eu acho que um denominador comum em toda a nossa carreira foi um interesse em criar canções legais. Já esse novo disco novo mostra um aprimoramento técnico da banda, uma clareza de objetivos, a gente queria fazer um disco de rock, mas que não queimasse as pontas com o Acústico, então por isso que tem o violão em algumas faixas.
E já que falamos sobre o início da banda, eu queria saber o que você colocaria como sendo bom e ruim, fazendo um balanço da primeira fase do Capital?
Uma coisa que a gente aprendeu, primeiro, foi a respeitar as diferenças de cada um. Nos anos 80 a gente queria que cada um fosse igual ao outro, isso é impossível. Uma coisa que eu mudaria era a maneira como encarávamos as gravadoras, pareceria que havia uma guerra entre o artista e a gravadora, e hoje é claro pra gente que é uma equipe, temos que trabalhar em conjunto pra alcançar os objetivos, a gravadora é pra facilitar. Talvez uma terceira mudança seria contar com um empresário profissional desde o início, nosso primeiro era um amigo que nunca tinha empresariado ninguém e a gente achava que estava ótimo. Talvez, se tivéssemos um acompanhamento profissional desde o início teríamos uma outra visão de como funciona todo esse processo da indústria fonográfica. Nós aprendemos muita coisa fazendo mesmo, éramos muito muleques quando assinamos o primeiro contrato com uma gravadora, a gente não entendia, só queríamos tocar nossa música e conquistar o mundo (risos). Hoje a gente continua com esse mesmo objetivo, só que com muito mais paciência e cuidado.
Com o sucesso do Acústico, muita coisa de vocês foi relançada, e hoje só não encontramos nas lojas o primeiro disco de vocês, de 1985, e o “Rua 47″, de 1995. Muitos artistas não gostam de como são feitos os relançamentos, as coletâneas. No caso de vocês, acham que foi um tratamento legal?
Quando voltamos, tinhamos plena consciência de que a gente precisava voltar como uma banda criativa e com material novo. Então o primeiro disco foi o “Atrás dos Olhos”, em 98. Só que na turnê dele, em 99, a gente percebeu um público novo, adolescente, que estava descobrindo o Capital Inicial por aquele disco, e a gente precisava apresentar pra essa platéia as nossas músicas antigas, os nossos clássicos. Em 98, os cinco primeiros discos estavam fora de catálogo, tinha as coletâneas que a Universal lançava, “O melhor de Capital Inicial”, “Capital Inicial Millenium”, “Capital Inicial Remixes”. A gente não estava satisfeito com a maneira que a Universal tratava nosso material, coletâneas que a gente não tinha o menor controle sobre as músicas incluídas, sobre como a capa era feita, era tudo à nossa revelia. E a gente passou a década de 90 inteira pedindo pra Universal relançar nossos discos, e tudo que aparecia eram as coletâneas. Então a maneira que a gente encontrou foi a gravação do acústico. Com o sucesso dele, o interessante foi que eles inventaram mais uma coletânea, “Capital Inicial Elétrico”, mas a pressão foi muito grande pelo relançamento dos discos e a Universal acabou relançando naquela caixa com quatro álbuns nossos. A gente achou que foi feito um bom trabalho, a caixa é bonita, é fiel aos discos originais, e agora nós gostaríamos que cada CD fosse lançado de forma avulsa, pra haver os cinco CDs da nossa primeira fase disponíveis. Vamos lutar por isso. Quando ao “Rua 47″, esse disco é independente, foi lançado por uma gravadora que eu e o Loro tínhamos na época, e a master nos pertence, eu acredito que vai chegar um momento em que vamos relançar ele, talvez por uma grande gravadora, ou por um pequeno selo, ou vender só pela internet, alguma coisa assim.
Numa entrevista pra gente no ano passado, você disse que pensava em tocar projetos paralelos no futuro. Ainda pensa nisso? Como está a banda quanto à questão da unidade, o foco é só o Capital ou tem gente pensando em outros projetos?
Olha, a gente está passando por um momento muito bom, estamos tranquilos. A gente sente que as coisas estão caminhando como gostaríamos. Temos uma agenda 24 horas por dia, 7 dias por semana de Capital Inicial, então todos os projetos pessoais estão em compasso de espera. Eu gostaria de retomar as composições eletrônicas que andei fazendo numa época, mas a gente tem muito pouco tempo pra se dedicar a projetos individuais. Mas eu acredito que qualquer projeto desse que alguém venha a ter não deve entrar em conflito com o projeto maior, que é o Capital Inicial.
Há alguma pergunta que não te fiz e que gostaria que fosse feita?
Acho que a gente já cobriu todos os tópicos né? Mas eu queria dizer que a gente está muito feliz com esse disco, com a receptividade. Esse disco foi feito para os fãs, pra galera que nos acompanhou e pediu: “Capital, faça um disco de rock”. Está aqui nosso novo disco, e é um disco de rock brasileiro. Nosso compromisso é só com os fãs.

