Magirus: A “descoberta” dos workshops musicais
Quem gosta de estar sempre se aperfeiçoando em sua área ou simplesmente busca explorar outros ramos de conhecimento possui diversas alternativas, como cursos, palestras e afins. Mas para todos aqueles que não possuem tempo — e dinheiro — suficiente para realizar um curso e procuram um desenvolvimento bem prático dos seus campos de interesse, o mercado criou os workshops — nada mais, nada menos do que a opção ideal do profissional ou aspirante atual.
No mês de Janeiro, eu tive a oportunidade de comparecer a um workshop de técnicas de guitarra, ministrado pelo inquestionável guitarrista do Angra Kiko Loureiro. Foi pouco mais de duas horas em que, além de perguntas pertinentes à composição de músicas em sua banda, o músico respondeu questões relativas à trajetória do Angra e deu uma aula de improvisação. Poderíamos chamar este tipo de workshop musical de aula-show, pois é exatamente isso do que se trata. O artista toca algumas músicas e entre elas existe uma conversa sobre a execução delas, assim como demais assuntos interessantes. Uma coisa é certa: não se vai a um workshop de música sem haver curiosidade e interesse por parte da pessoa.
O Santander Cultural andou bolando para Porto Alegre uma programação de workshops bem vasta e interessante no último mês (Março). Dentre as atrações de maior destaque estão os excepcionais Mozart Mello — ex-Grupo D´Alma —, Douglas Las Casas — baterista de renome nacional — e Aquiles Priester — o “polvo” que pilota a bateria de dois bumbos do Angra. Os músicos gaúchos estão fazendo a festa com tamanha enxurrada de workshops de qualidade. Como legítimo fã dos músicos do Angra, eu aproveito para deixar aqui a minha grande satisfação na vinda de seus músicos e, ainda, adianto que provavelmente no final de Abril (data a confirmar) será realizado um workshop com o vocalista da banda: Edu Falaschi. Até lá eu lhes trarei maiores detalhes sobre o evento.
Esperemos que, no Brasil, esta fórmula dê muito certo — e é o que tenho percebido aqui no Sul —, pois workshops qualificam interessados de todas as áreas e estimulam as pessoas ao estudo e à pesquisa. No ramo musical, uma idéia interessante seria começar a trazer músicos de diversas partes do mundo, principalmente conhecidos de bandas famosas, para participar de eventos desse tipo. É uma ferramenta em que todos saem ganhando: o organizador divulga a sua marca e, muitas vezes, até lucra com os ingressos; o artista divulga o seu trabalho e seu próprio nome; e, por fim, o público é beneficiado com o “espetáculo” e com os conhecimentos a que serão apresentados.