Blog: Coisas deram errado, mas foi bacana…
Putz, sábado foi hardcore, viu! A entrevista com a Penélope acabou não rolando. Marcamos pra fazer às 13 horas, após a passagem de som, mas a banda só apareceu às 14:30 horas e às 16:00 horas nada de entrevista. Nesse interim, a câmera digital com a qual íamos fazer as fotos (Thaís e Vitor, dois amigos-colaboradores daqui de Vitória foram juntos) resolveu travar o CD em que ela grava as fotos. Rodei o maior shopping de Vitória e não achei uma única loja que tinha o bendito CD-R de 8 cm pra vender. Acabamos por combinar com o Luizão, guitarrista da Penélope e gente boa pra caramba, de fazer a entrevista por email nessa semana. Cheguei em casa às 16:40, tomei banho e depois de uns 40 minutos consegui fazer o CD funcionar na câmera, com a ajuda do computador. Tinha que estar de volta ao local do festival às 18 horas, sai de casa às 17:57, levei minha irmã lá na puta que pariu e no meio do caminho me toquei que esqueci o CD dentro do drive do computador e voltei em casa! Cheguei na parada às 18:35, mas como atrasou, consegui pegar o 1º concorrente se apresentando!
Passados esses percalços, o festival até que foi mais ou menos. A acústica “pavorosa” do local atrapalhou muito. O som do Pedrero, que é podrera total, ficou totalmente incompreensível. Não gostei do show, que eu tanto esperei! Já a Penélope deu pra entender melhor. Gostei do show. Nêgo pode falar mal da voz da Érika (que eu, particularmente, até acho apropriada para as músicas da Penélope), mas tem que ser muito insensível pra não achar pelo menos “bunitinhas” (e tem umas pauladas também!) as músicas da banda, com aquela mulher magrinha e jeito de criança dançando graciosamente e cantando rock no palco. Foi engraçado ver marmanjos fazendo trenzinho quando a banda tocou “Superfantástico” (clássico do Balão do Mágico que ela gravou no CD “Quando Eu Era Criança”); E no final, todo estiloso com cigarro na boca e tudo, Gabriel Thomaz (do Autoramas) assumiu a segunda guitarra na cover bala de “Should I Stay or Should I go?”, clássico do Clash.
Ah! Ser jurado foi legal. Tinha cerveja, água e refrigerante em abundância. Serviram salgadinhos e até hambúrguer do Bob´s pra gente (justamente na hora da banda mais fraquinha, hehehe). Dei as melhores notas pra Carpe Diem (que venceu!) e pra Terrorturbo (que eu não sei em qual posição ficou. Não foi entre as três primeiras…). Olha aí minhas considerações sobre as concorrentes.
J3: tem excelentes letras (levou 10 nesse quesito), suas as músicas estão no padrão dos grandes nomes do rap/hip-hop nacional, mas comprometeu um pouco na performance (não deu pra entender o que ele cantava no cover escolhido e teve que recomeçar a execução da terceira música apresentada), fator que certamente lhe custou a vitória (J3 ficou em segundo lugar);
Froid: a jovem banda, que manda um rock tipicamente adolescente e com pitadas de funk (o de James Brown, não o do Bonde do Tigrão!) não ficou entre as primeiras colocadas, mas é, certamente, a com maior potencial para fazer sucesso. Poderia ter escolhido um cover melhor (tocaram “Zé Trindade”, do Skank), mas em compensação empolgou muito na execução da música própria “Akela Morena”, que tem cara de hit! Após a apresentação desta, inclusive, os jurados brincaram dizendo que Alexandre Mignoni (representante da Sony Music no ES e que também era jurado) iria levar a música para a trilha sonora de Malhação (a novela adolescente da Rede Globo).
Marcos Rivero: ficou em terceiro lugar e foi uma grande surpresa. Suas músicas, românticas, ganharam mais peso na apresentação (em relação às versões do CD demo do artista). O cover de “Wherever you will go” (The Calling) foi perfeito e ponto alto da performance, que levou 10.
Terrorturbo: banda de música eletrônica estilosa e com um som oitentista, merecia uma posição melhor. As duas canções próprias apresentadas (Page 4 e For Whoever) são ótimas, o cover (de uma música do Metrô) ficou pra lá de legal, mas as letras da banda, que até são apropriadas para o estilo, mas simples demais em relação as dos outros concorrentes, fizeram com que perdesse pontos importantes.
Carpe Diem: com um pé nos 60/70 e letras com um “quê” de poesia, venceu pelo conjunto. Não foi a banda que mais empolgou ao público, mas postou-se de forma muito profissional no palco, recitando um poema de autoria do vocalista antes de mandar um ótimo cover da obscura – mas respeitada – “Cagaço”, dos Paralamas do Sucesso. Mereceu o 1º lugar!
Baby Blue: tem músicas e letras comuns demais, não escolheu um cover legal e também reiniciou a execução de uma das músicas.
Dívix: apesar do fã-clube devidamente uniformizado que carregou para o evento (e que certamente foi decisivo na escolha da banda pelo júri popular), o grupo de hardcore melódico não convenceu ao júri. A música própria “A Lição” até que tem feeling e uma pegada legal, mas não foi suficiente.
Volume 7: a banda de hardcore melódico no estilo CPM22, com letras clichê e músicas idem, foi uma das mais fraquinhas do festival. No cover de “Uma Noite e 1/2″ (sucesso na voz de Marina Lima), a princípio uma escolha ousada, deixou a música irreconhecível (pra pior)
Usvéiu: apresentou as músicas próprias “Sonhar” e “Se ajudar”, que até tem uma sonoridade bem legal, mas letra muito bobinha. A performance foi fraquinha, no que contribuiu a má escolha do cover.
Nuck: surpresa pra alguns jurados, a banda de Nu-Metal tem letras (críticas) um pouco acima da média e músicas idem, no conhecido esquema manha-berro-manha do estilo. A energia do vocalista (que, como todo bom frontman de banda do gênero pulou pra caramba no palco) e o bom cover da explosiva “Take a Look Around” (Limp Bizkit), garantiram boa nota para a banda no quesito performance.