Firefox indo pras cabeças
Deu no ForumPCs esta notícia dizendo que a fatia que o Firefox ocupa no bolo dos navegadores de internet é agora de 21,25% , crescendo 1.25 ponto percentual somente no mês de dezembro.
Independente de quão precisas são essas estatísticas (meu amigo Samuel Vignoli, o imperador da música e do opensocial na internet brasileira, diz que dos 10 milhões de usuários únicos de seus sites, 23% usam o Firefox), o fato é que, como dizem os narradores de corridas, o Internet Explorer já começa a enxergar o Firefox pelo retrovisor, se aproximando lá no final da reta.
Se as coisas continuarem como estão (dizem as más línguas que podem piorar, dado que o IE 8 não é lá essas coisas), acredito que em até cinco anos o navegador da Microsoft vá perder a liderança que conquistou a um grande custo no final da década passada na famosa “Guerra dos Browsers” contra o Netscape.
Eu sei, falar mal do IE é senso comum, e arrisco dizer, já está se tornando o mesmo que chutar cachorro morto. Deixe de lado o clichê de ser anti-Microsoft. Esqueça o fato de que a empresa não segue os padrões web em seu navegador (afinal, eles não são importantes para 99,99% dos usuários – os que nunca vão precisar fazer um site). Quer um bom motivo (na verdade são vários) para convencer alguém a usar Firefox, permanecer com ele e ainda acreditar que o IE está mesmo fadado a perder a liderença? Os add-ons do Firefox.
Sim, o IE também tem. Mas não em mesmo número (talvez porque os desenvolvedores que trabaham com as plataformas da MS não são tão adeptos a desenvolver extensões gratuitas), e nem mesmo tão usados (talvez pela menor intimidade com a tecnologia dos usuários típicos do IE) quanto os do navegador da raposa. Levanta a mão quem não consegue mais viver sem algum add-on do firefox? Eu não \o/
A cultura dos usuários do Firefox de aderirem mais a add-ons torna-se um fato ainda mais importante para a conquista da liderança se levarmos em conta que, em 2008, os produtos/sites/serviços que se sobresasíram em seus seguimentos devem uma enorme parcela de seu sucesso ao fato de extenderem suas plataformas para possibilitarem que desenvolvedores adicionem aplicativos e funcionalidades extras. Exemplos? O smartphone mais falado e que mais vendeu foi o Iphone (com sua inovadora loja de aplicativos), a rede social que mais cresceu e assumiu a liderança mundial foi o Facebook (com sua plataforma de aplicativos sociais), e o serviço que mais chamou a atenção da mídia e virou mania foi o Twitter (que pode ser acessado e melhorado através de vários aplicativos construídos com uso da api aberta).
Inevitalmente, em algum momento, o Firefox vai se juntar a esse time de líderes. Portanto Internet Explorer, aproveite bem os seus últimos anos de reinado. Não vou dizer nem que foi bom nem que foi ruim enquanto durou. Apenas que durou demais.