Crise! Que crise?
Você já viu no noticiário. A economia mundial está em crise. Os países mais ricos entraram em recessão, e o temor é de que esta possa se tornar a primeira depressão desde a década de 30. Em alguns setores, como o automobilístico, a depressão econômica já é uma realidade.
E a internet, como fica nessa história? Bem, se a internet falasse, a resposta dela para a pergunta “E a crise?” seria a mesma que o presidente Lula deu aos jornalistas em setembro: “Que crise?”. Isso porque, nas duas principais atividades econômicas atreladas à rede (o e-commerce e a publicidade online), as notícias iniciais e as projeções para 2009 são bem otimistas.
Vejamos o cenário no e-commerce. Nos Estados Unidos, onde o mundo parece estar desabando, reporta-se que as vendas online neste natal estão no mesmo nível do ano passado, e parece que vão continuar assim em 2009. Para um setor que nos últimos anos vem tendo crescimento de 2 dígitos, pode parecer uma má notícia, mas se considerarmos a conjuntura, e o fato de que toda os setores da economia americana estão apresentando perdas, a notícia torna-se positiva. Já no Brasil, céu de brigadeiro. Nos últimos cinco anos, o faturamento do e-commerce nacional cresceu sempre acima de 40% ao ano, o que deve se repetir neste. Para 2009, espera-se um crescimento menor, mas ainda na casa dos 2 dígitos.
Já a publicidade online tem tudo para sair como uma das grandes vencedoras ao final da crise. Nos EUA, ainda não se notou diminuição nos gastos com publicidade na internet, e para 2009 espera-se um pequeno crescimento. No Brasil, o mesmo cenário do e-commerce: crescimento de 2 dígitos em 2008 e também em 2009.
Por que o mercado de internet deverá ser uma ilha de prosperidade em meio às quedas dos outros setores? Porque em momentos de crise, as empresas aumentam a busca por ganhos de eficiência e retorno sobre os investimentos. Isso pode ser alcançado com o e-commerce (que possibilita cortar custos como distribuição e marketing no ponto de venda, abrindo espaço para prática de menores preços) e com a publicidade online (é mensurável, tem um custo menor em relação a outras mídias e retorno garantido).
Quer um ótimo exemplo prático disso? A GM, montadora americana a ponto de falir e necessitando desesperadoramente se tornar mais eficiente, já declarou por meio de seu CEO que vai mover para a internet uma parte substancial do seu orçamento publicitário de $500 mi em 2009.
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